O Exército de Israel começou ontem uma invasão por terra em Gaza. O objetivo é destruir túneis usados pelo Hamas para entrar no território israelense.
Segundo a agência de notícias Efe, cinco palestinos já foram mortos, alvos de disparos de blindados. Um deles era um bebê de cinco meses.
A incursão começou no décimo dia da operação Margem Protetora. Até então, limitava-se a bombardeios.
Ordenada pelo premiê Benjamin Netanyahu, a nova fase da operação envolve infantaria, tanques, engenharia, ataques aéreos e navais e inteligência, e não tem dia previsto para terminar.
"A Operação Margem Protetora vai continuar até atingir seu objetivo: restaurar a calma e a segurança dos israelenses, danificando a infraestrutura do Hamas", disse o gabinete do premiê.
Segundo o Exército, um túnel que sai do sul de Gaza foi usado ontem por 13 combatentes armados, que entraram em Israel e foram mortos por um ataque aéreo.
O Hamas afirmou que a invasão é "insensata". "A operação por terra em Gaza é um passo drástico e perigoso, e a ocupação pagará caro por isso", disse, em comunicado.
O gabinete de Netanyahu autorizou o Exército a convocar 18 mil reservistas, que se somam aos 56 mil que já estavam mobilizados. Eles substituem soldados da ativa em funções de retaguarda.
A invasão foi ordenada pouco depois de um cessar-fogo humanitário de cinco horas, pedido pela ONU. Israel acusa o Hamas de ter quebrado o acordo, atirando três foguetes no período.
ONU descobre foguetes dentro de uma escola
Folhapress
Funcionários da ONU descobriram aproximadamente 20 foguetes em uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) na Faixa de Gaza, anunciou o organismo, acrescentando que é a primeira vez que algo assim acontece.
"Na quarta-feira, durante uma inspeção de rotina dos prédios, a UNRWA descobriu cerca de 20 foguetes escondidos em uma escola vazia na Faixa de Gaza", indica um comunicado da agência. "A UNRWA condena firmemente o grupo ou grupos responsáveis por colocar essas armas em uma de suas instalações."
A UNRWA afirmou que o incidente é uma "violação flagrante" do Direito Internacional, acrescentando que os foguetes tinham sido removidos e as "partes envolvidas" haviam sido informadas.
Israel acusa o Hamas e outros grupos militantes de utilizar instalações civis para armazenar foguetes.
Cerca de 22 mil palestinos que fugiram dos bombardeios israelenses se refugiaram em escolas da UNRWA. Dos milhares que fogem do bombardeio israelense, cerca de 22 mil se refugiaram em escolas da UNRWA.
UNRWA é uma agência da ONU, criada pela Assembleia Geral em 1949, que presta assistência e proteção a uma população de cerca de 5 milhões de refugiados palestinos registrados na Jordânia, Líbano, Síria, Cisjordânia e Faixa de Gaza.