Em discurso ontem no Rio, o vice-presidente americano, Joe Biden, defendeu o estreitamento das relações comercias entre Brasil e EUA e menos obstáculos para estudantes brasileiros em seu país. "O Brasil não é mais um país emergente. O Brasil emergiu, o mundo todo já notou", afirmou.
O pronunciamento o ocorreu no Armazém 3 do Píer Mauá, na Zona Portuária, área central da cidade. Ele citou quatro prontos em que Brasil e EUA deveriam trabalhar mais próximos.
Começou com as relações econômicas, e citou a colaboração entre Boeing e Embraer. Falou ainda sobre a questão da energia. "Vocês são líderes mundiais em biocombustíveis e estamos aprendendo com vocês", afirmou.
Em terceiro lugar, sugeriu que o Brasil participe mais de questões geopolíticas mundiais, usando sua experiência de democracia e em programas sociais como o Bolsa Família.
Por fim, tocou na questão dos vistos para estudantes, dizendo que as portas do país estão abertas e que a ideia é receber nas universidades norte-americanas cada vez mais brasileiros com espírito de inovação.
"Há 5 mil estudantes brasileiros hoje nos EUA, mas queremos receber ainda mais", disse.
Biden chegou ao Brasil na terça-feira à noite para uma visita de quatro dias. A parada faz parte de uma viagem que já passou por Colômbia e Trinidad e Tobago.
Hoje ele se reunirá com autoridades do setor de segurança e, ao lado da mulher, Jill Biden, visitará o morro Dona Marta, favela pacificada na zona sul do Rio. À noite, embarcará para Brasília, onde amanhã terá reunião com a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer.
Empresários
Cercado de um forte aparato de segurança, Biden, chegou por volta das 15h30 ao Centro Tecnológico da Coppe/UFRJ, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, para se reunir com empresários brasileiros e americanos com negócios no Brasil.
Mais cedo, o vice-presidente dos EUA havia se reunido com a presidente da Petrobras, Graça Foster, no Centro de Pesquisa (Cenpes) da empresa, localizado próximo ao Centro Tecnológico.
Na entrada do Cenpes, cerca de 50 pessoas protestavam contra os leilões de áreas de petróleo e gás pelo governo brasileiro, mas não chegaram a afetar a chegada de Biden.