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Em “Impacto profundo”, de 1998, Morgan Freeman representou um presidente negro de pulso firme | Daniel Deme/Arquivo/Efe
Em “Impacto profundo”, de 1998, Morgan Freeman representou um presidente negro de pulso firme| Foto: Daniel Deme/Arquivo/Efe

Rio de Janeiro - Nas telas americanas, a eleição de presidentes negros é uma realidade isenta de polêmicas desde a década de 1930. Sammy Davis Jr. (1925-1990) foi o primeiro da fila. Em 1933, pouco antes de completar 8 anos, ele estrelou um curta-metragem do diretor Roy Mack chamado "Rufus Jones for president". Na comédia musical de 21 minutos, um menino negro chegava à Presidência.

Aos poucos, o pioneirismo de Davis Jr. em um filme dissociado de contundência social foi dando lugar a reflexões mais sérias. O melhor exemplo dessa linhagem é James Earl Jones em "O presidente negro". Originalmente feita para a tevê, a produção estreou nos cinemas pelo vigor do debate que gerava, ao registrar o percurso que levava um senador negro ao Salão Oval.

Embora tivesse direção, produção e financiamento franceses, "O quinto elemento", de Luc Besson, escolheu um negro americano para ser o presidente da Terra em um futuro de tintas fantásticas. O ator escolhido foi o ex-jogador de basquete e ex-campeão de luta-livre Tommy "Tiny" Lister.

Morgan Freeman é o astro afro-americano mais consagrado dentre os que já ocuparam o cargo na Casa Branca hollywoodiana. Freeman assumiu a liderança governamental dos EUA em "Impacto profundo", de 1998, demonstrando pulso firme diante de uma calamidade: a queda de um cometa na Terra.

Em 2003, foi a vez do humorista Chris Rock atacar de presidente em "Um pobretão na Casa Branca", que marcou a estréia do ator na direção de longas. No filme, Rock é um malandro que acaba ocupando um lugar de honra na liderança democrática.

Mas de todos os negros que lideraram os americanos na ficção, só um é capaz de rivalizar com Freeman em carisma: Dennis Haysbert, que encarnou o presidente David Palmer na série "24 horas".

Haysbert, em uma atuação quase minimalista, estampava no olhar aquilo que se espera do governante de uma todo-poderosa nação: sobriedade.

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