Os investigadores dos atentados à Maratona de Boston estão apertando o cerco contra Katherine Russell, viúva de Tamerlan Tsarnaev, um dos acusados morto em confronto com a polícia três dias após o ataque. Segundo as autoridades, foram encontrados materiais radicais islâmicos e acessos à revista "Inspire" - publicação da al-Qaeda - no computador de Katherine

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Também nesta sexta-feira (3), a CNN informou que resíduos explosivos foram encontrados na casa onde Tamerlan vivia com Katherine, e sua filha mais nova. De acordo com uma fonte policial, as amostras estavam em pelo menos três áreas: na mesa da cozinha, na pia e na banheira.

A vistoria na casa da jovem, de 24 anos, é uma tentativa da polícia de descobrir se ela sabia dos ataques à maratona ou se ajudou os irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev, segundo um dos investigadores ouvidos pelo "Washington Post". Os atentados no último dia 15 de abril deixaram três mortos e quase 300 feridos. Dzhokhar sobreviveu à perseguição policial que resultou na morte de Tamerlan.

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De todos os indícios, pelo menos um até o momento afasta Katherine de uma ligação com o crime. A CBS informou que o DNA e as impressões digitais encontradas em fragmentos de explosivos no local das explosões não coincidem com os da mulher. Ela teve que fazer um exame depois que o FBI constatou que o material genético encontrado na bomba era feminino. O jornal "New York Times" também confirmou a informação.

Dzhokhar, de 19 anos, disse aos investigadores que ele e seu irmão aprenderam a fabricar bombas caseiras seguindo instruções da revista "Inspire" e que foram, em parte, influenciados pelos sermões online de Anwar al-Awlaki, o propagandista do grupo terrorista morto em um ataque de drones no Iêmen em 2011.

Dzhokhar teria dito aos investigadores que ele e seu irmão construíram as bombas no apartamento de Tamerlam e de sua esposa em Cambridge. Katherine chamou o marido quando viu sua foto na televisão divulgada pelo FBI, mas não notificou as autoridades, segundo uma fonte.

Uma das questões-chave para os investigadores é se os materiais islâmicos no computador de Katherine pertenciam a ela ou foram baixadas por seu marido ou outra pessoa. O advogado da mulher, Amato DeLuca, já havia dito que ela não desempenhou nenhum papel no crime e ficou chocada ao saber do envolvimento de seu marido e do cunhado.