Dezenas de egípcios fizeram na terça-feira uma manifestação contra o governo no Cairo, como parte de uma jornada de protestos inspirada na recente rebelião tunisiana, e apelidada de "Dia da Ira" por alguns ativistas da internet.
A rede se tornou um dos mais ativos focos de críticas ao presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Pela Internet, ativistas convocaram protestos contra a pobreza e a repressão, coincidindo com um feriado em homenagem à polícia.
"Abaixo, abaixo Hosni Mubarak", gritaram os manifestantes em frente a um complexo judicial no centro da capital, que ficou cercado por policiais. A segurança foi reforçada em diversos pontos do Cairo e em outras áreas do Egito, para evitar que os protestos se propagassem.
"Gamal, avise o seu pai que os egípcios o odeiam", gritavam os manifestantes, referindo-se ao filho de Mubarak, que muitos consideram estar sendo preparado para suceder o pai, de 82 anos.
As manifestações de terça-feira são uma espécie de teste para a capacidade dos ativistas de levarem seus protestos da internet para as ruas.
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