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Soldados também vigiam os arredores do Palácio do Governo, em Quito (Equador). Dezenas de soldados e policiais cercaram a Assembleia Nacional do Equador, instituição dissolvida nesta quarta-feira (17) pelo chefe de Estado, Guillermo Lasso, por “grave comoção interna e política”.| Foto: EFE/Santiago Fernández

Dezenas de militares e policiais cercaram a Assembleia Nacional do Equador, instituição dissolvida nesta quarta-feira (17) pelo presidente Guillermo Lasso, em aplicação da chamada "morte cruzada", que representa a convocação de eleições gerais antecipadas.

Militares e policiais, vestidos com equipamento anti-motim, cercam o prédio da Assembleia, que também tem acesso restrito a vários quarteirões. Soldados também foram enviados para o Palácio do Governo.

O conservador Lasso aplicou a "morte cruzada" enquanto responde a um processo de julgamento político e pediu ao Conselho Nacional Eleitoral a convocação de eleições gerais antecipadas, para que governe por decreto até a posse de seu sucessor.

O general Nelson Proaño, chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, indicou que a decisão de Lasso tem base legal, razão pela qual deve ser respeitada por todos os cidadãos.

“As Forças Armadas e a Polícia Nacional são instituições obedientes e não beligerantes e cumprimos a nossa missão estritamente subordinados ao poder civil e à Constituição”, disse o general em uma mensagem divulgada nesta quarta-feira.

Ao mesmo tempo, acrescentou que estão "seguros de que o país não aceitará qualquer tentativa de alteração da ordem constitucional através da violência para atentar contra a democracia".

“Nesse caso, as Forças Armadas e a Polícia Nacional atuarão com firmeza em cumprimento de nossa missão constitucional de proteger a vida, os direitos e as garantias dos equatorianos”, completou.

Por fim, Proaño fez um apelo à unidade dos equatorianos para “manter um clima de respeito à lei, sem confrontos, sem violência, que nos permita ter um Equador em paz e um país com liberdade e dignidade”.

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