O vice-presidente árabe sunita do Iraque, Tariq Hashemi, vetou parcialmente nesta quarta a nova lei eleitoral do país, colocando em dúvida a realização das eleições previstas para janeiro e os planos norte-americanos de reduzir a presença militar no país. Hashemi vetou parte da lei e enviou o texto de volta ao Parlamento para que emendas sejam apresentadas no sentido de mais assentos serem escolhidos por iraquianos que vivem no exterior.

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Um integrante da Comissão Eleitoral do Iraque comentou que o veto de Hashemi provavelmente impedirá a realização do pleito na data prevista. O vice-presidente especificou que todos os outros artigos da lei são satisfatórios e apenas aquele referente ao número de assentos votados por iraquianos no exterior voltará a ser debatido.

"Minha objeção não se refere à lei como um todo, mas somente ao primeiro artigo, com o objetivo de se fazer justiça aos iraquianos que moram fora do país", disse Hashemi. "Espero que o Parlamento vote em breve as propostas de emenda para que as eleições ocorram na data prevista", prosseguiu.

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Ainda não está claro quando o Parlamento debaterá e votará as recomendações do vice-presidente nem qual será o impacto exato sobre a data da eleição. A Constituição iraquiana exige que o pleito se realize antes do fim de janeiro de 2010. No entanto, Qassim al-Aboudi, um integrantes da Comissão Eleitoral do Iraque disse hoje a repórteres que todos os preparativos para a votação foram suspensos depois do anúncio do veto de Hashemi.

A maior parte dos iraquianos no exterior é árabe sunita. Depois de controlar o país durante décadas sob Saddam Hussein, a minoria sunita do Iraque se sentiu politicamente marginalizada depois da queda do ditador, em 2003. Os sunitas boicotaram a primeira eleição nacional pós-Saddam, realizada em janeiro de 2005, e o veto de Hashemi parece indicar que a comunidade teme ser novamente marginalizada agora.