O Nobel de Física de 2017 foi para os americanos Kip Thorne, Rainer Weiss e Barry C. Barish, membros da colaboração Ligo (Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro a Laser, na sigla em Inglês), que em 2016 anunciaram a detecção das ondas gravitacionais. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (3).
Previstas por Albert Einstein em 1915, em sua teoria da relatividade geral, ondas gravitacionais são deformações no tempo-espaço, semelhante às ondas que aparecem na superfície de um lago quando se joga uma pedra. No caso, as ondas gravitacionais se propagam na velocidade da luz. Na prática, tal fenômeno estica e puxa o Universo.
A colaboração Ligo contou também com a participação de um grupo do Brasil, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A escolha das ondas gravitacionais para o Nobel de Física foi a principal aposta de cientistas brasileiros que participaram do bolão promovido pela Folha de S.Paulo. Dos 14 palpites recebidos, 11 apontavam a detecção do fenômeno como a pesquisa favorita para levar o prêmio.
Medicina
Nesta última segunda-feira (2) a Academia Real Sueca de Ciências anunciou que um trio de cientistas americanos venceu o Nobel de medicina ou fisiologia por pesquisas relacionadas ao relógio biológico.
Escolha
A escolha do vencedor do prêmio mais importante da área é feita pela Academia Real Sueca de Ciências, na Suécia, escolhida por Alfred Nobel em seu testamento para eleger e premiar com a láurea o os autores de feitos notáveis para a humanidade.
O prazo para o comitê receber as indicações foi dia 31 de janeiro. De 350 a 400 nomes estavam no páreo.
Podem indicar nomes membros do comitê do Nobel do Instituto Karolinska, membros da Academia Real Sueca de Ciências, vencedores dos Nobéis de física, professores titulares de física de instituições suecas, norueguesas, finlandesas, islandesas ou dinamarquesas e acadêmicos e cientistas selecionados pelo comitê do Nobel -autoindicações são desconsideradas.
A cerimônia de premiação propriamente dita dos vencedores deste ano só ocorre em dezembro.
Entre os cientistas premiados no passado estão Max Planck (1918), por ter lançado as bases da física quântica; Albert Einstein (1921), pela descoberta do efeito fotoelétrico; Niels Bohr (1922), por suas contribuições para o entendimento da estrutura atômica e Paul Dirac e Erwin Schrödinger (1933), pelo desenvolvimento de novas versões da teoria quântica.
Foram premiados ainda Arno Penzias e Robert Wilson (1978), pela descoberta e detecção da radiação de fundo do Universo; o trio William Bradford Shockley, John Bardeen e Walter Houser Brattain (1956), por pesquisa na área de semicondutores e pela descoberta do efeito transistor e da dupla Peter W. Higgs e François Englert (2013) por seus trabalhos sobre como as partículas adquirem massa.
O físico brasileiro César Lattes (1924-2005), que teve participação decisiva em uma das descobertas científicas mais importantes do século passado: a detecção do méson pi (ou píon), partícula que mantém prótons e nêutrons unidos no núcleo dos átomos, foi indicado ao Nobel de Física sete vezes, mas nunca levou o prêmio.
Os vencedores de 2017 dividirão o prêmio de 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,5 milhões). O dinheiro vem de um fundo de mais de 4 bilhões de coroas suecas (em valores atuais) deixado pelo patrono do prêmio, Alfred Nobel (1833-1896), inventor da dinamite. Os prêmios são distribuídos desde 1901. Além do valor em dinheiro, o laureado recebe uma medalha e um diploma
Química
Nesta quarta (4) será anunciado o prêmio de química. Assim como o de física, ele é distribuído pela Academia Real Sueca de Ciências.
No mesmo ano, o prêmio de química ficou com três pesquisadores responsáveis pela aurora da área das nanomáquinas, dispositivos moleculares capazes de tarefas extraordinárias, ao menos em teoria, como levar um carregamento de uma determinada droga diretamente para um tumor, combatendo-o.
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