Os prêmios Nobel de Literatura de 2018 e 2019 foram concedidos à escritora polonesa Olga Tokarczuk e ao escritor austríaco Peter Handke, respectivamente. O anúncio conjunto foi feito nesta quinta-feira (10), pela Academia Sueca. Ambos ganharam, além da medalha com a imagem de Alfred Nobel, 9 milhões de coronas suecas (US$ 910.000,00).
O Nobel de Literatura de 2018 foi concedido só agora por causa de um escândalo sexual que envolveu um dos jurados do prêmio no ano passado.
Olga Tokarczuk foi agraciada "por uma imaginação narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como uma forma de vida". A escritora ficou conhecida ao lançar seu terceiro romance, "Prawiek i inne czasy" (Primeval and Other Times, 2010), uma saga familiar que conta a história de três gerações de uma pequena vila polonesa chamada Primeval. O romance, segundo a Academia Sueca, é um exemplo da nova literatura polonesa que surgiu depois de 1989, "resistindo ao julgamento moral e não querendo representar a consciência da nação". Em vez disso, mostra um notável dom de imaginação com um alto grau de sofisticação artística.
Peter Handke ganhou o Nobel de Literatura "por um trabalho influente que, com engenhosidade linguística, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana". Ele se estabeleceu como um dos escritores mais influentes da Europa após a Segunda Guerra Mundial. Sua bibliografia contém romances, ensaios, cadernos, obras dramáticas e roteiros.
O escândalo na Academia Sueca
A entrega do Prêmio Nobel de 2018 foi suspensa em maio do ano passado, depois que o fotógrafo francês Jean-Claude Arnault, casado com uma das integrantes da academia, foi condenado por assédio. Em conexão com o escândalo, a chefe da academia, Sara Danius, renunciou, junto com vários membros.