O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi proposto para o Prêmio Nobel da Paz, anunciou nesta terça-feira (1º) Gueorgui Trapeznikov, presidente da Academia Internacional da União das Nações do Mundo (AIUNM).
"Conhecemos bem o papel pacificador que nosso presidente desempenhou em zonas conflituosas", disse o líder da instituição russa em entrevista coletiva, segundo a agência oficial Itar-Tass.
Trapeznikov afirmou que "a carta com a candidatura foi enviada ao Comitê Nobel em 16 de setembro e recebida em 20 de setembro". A AIUNM é uma instituição que se dedica a promover a cooperação entre os povos.
O vice-presidente do organismo, Beslan Kobajia, destacou os esforços de Putin para conseguir uma solução pacífica para o conflito na Síria.
"Com seu exemplo demonstra seu apego à paz no mundo, mas não em palavras, nos fatos", disse.
O popular cantor russo Iosif Kobzon também apoiou a iniciativa de propor o chefe do Kremlin para o Nobel da Paz, principalmente levando em consideração que Barack Obama já ganhou o prêmio. .
"Barack Obama é um homem que aprovou ações agressivas por parte dos Estados Unidos, como o Iraque e Afeganistão, e agora se dispõe a invadir a Síria. Apesar de tudo, ostenta essa condecoração", questionou o cantor citado pela agência local "Interfax".
"Nosso presidente, que tenta frear o derramamento de sangue, que tenta por meio do diálogo político ajudar uma situação de conflito, é mais merecedor, sob meu ponto de vista, dessa alta honra", argumentou Kobzon.
Os autores desta iniciativa reconheceram que não consultaram o Kremlin antes de enviar a carta ao Comitê do Nobel.
"Desconheço quem indicou o presidente (para o prêmio) e se essa pessoa dispõe das necessárias faculdades para isso", disse Dmitri Peskov, porta-voz de Putin, em entrevista para o jornal "Izvestia".
"Putin não é partidário de receber condecorações ou prêmios. É partidário de encontrar satisfação em conseguir resultados com seu trabalho", afirmou Peskov,
"Putin fez muito, toda parte russa fez muito, dedicando gigantescos esforços e mostrando uma mestria diplomática fora do comum para proteger a região (do Oriente Médio) e todo o mundo do surgimento de um novo conflito armado", acrescentou.