Crise financeira global e possível recessão são preocupações de Obama: perspectiva de rápida definição da futura equipe| Foto: Jim Bourg / Reuters

O presidente-eleito dos EUA, Barack Obama, deve anunciar rapidamente os principais integrantes da sua equipe econômica, inclusive o secretário do Tesouro.

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Obama só toma posse em 20 de janeiro, mas provavelmente vai querer, num momento de grave crise financeira e possível recessão, ter uma equipe econômica preparada desde o início da transição.

A seguir, alguns nomes cotados para os cargos:

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> Secretário do Tesouro

Lawrence Summers - Foi secretário do Tesouro no governo de Bill Clinton, período em que foi muito elogiado por Wall Street, e reitor da Universidade Harvard, onde se envolveu em diversas polêmicas. Summers tem sido conselheiro econômico de Obama, especialmente após a explosão da crise, em setembro. Ganhou experiência como bombeiro financeiro na década de 1990, quando enfrentou as crises do México, da Rússia e da Ásia.

Timothy Geithner - Presidente do Federal Reserve (Banco Central) em Nova York. Argumenta que os bancos, cruciais para o sistema financeiro global, deveriam operar sob um marco regulatório unificado. Foi subsecretário do Tesouro para assuntos internacionais no governo Clinton, quando trabalhou com os ex-secretários do tesouro Robert Rubin e Lawrence Summers.

Paul Volcker - Ex-presidente do FED (Banco Central americano), considerado um dos grandes nomes do mundo financeiro desde que conseguiu debelar uma inflação anual de dois dígitos nas décadas de 1970 e 80. Manifestou apoio a Obama desde janeiro e teve papel decisivo na redação do discurso, em março, no qual o então pré-candidato democrata defendeu uma reforma do sistema financeiro.

Laura Tyson - Foi presidente do Conselho de Consultores Econômicos e diretora do Conselho Econômico Nacional durante o governo Clinton. Atualmente, leciona na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e foi uma importante consultora econômica de Obama desde que ele despontou como candidato do partido Democrata, em junho.

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Jon Corzine - Governador de Nova Jersey, ex-senador e ex-presidente do banco de investimentos Goldman Sachs. Apoiou Hillary Clinton até se bandear para Obama, com quem compareceu a uma cúpula econômica em Chicago. Ajudou a articular o programa do candidato contra a especulação energética. Embora seja cotado, disse em entrevista nesta quarta-feira (5) que não falou com Obama sobre o cargo.

> Diretor do Conselho Econômico Nacional

Jason Furman - Coordenou o programa econômico de Obama, e é muito ligado ao ex-secretário Robert Rubin. Já é cotado para o governo desde junho. Foi assessor de Clinton na Casa Branca e trabalhou com Rubin no Projeto Hamilton, organização de pesquisa que promove políticas de livre mercado e disciplina fiscal. Sua reputação como defensor do livre comércio inicialmente causou preocupação entre sindicalistas que apóiam Obama.

> Presidente do Conselho de consultores econômicos

Austan Goolsbee - Economista da Universidade de Chicago, especialista em política tributária, autor de diversos ensaios sobre o papel econômico da Internet e da tecnologia. Assessora Obama há anos e foi decisivo no seu programa econômico. Em março, provocou polêmica por ter tido um encontro com funcionários canadenses no qual, segundo um memorando de campanha, minimizou a oposição de Obama ao Nafta. A campanha disse que o memorando era impreciso.

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>Representante comercial

Dan Tarullo - Professor de Direito na Universidade Georgetown, é especialista em comércio e economia internacionais. Foi assessor do governo Clinton e negociador em reuniões do G7 (grupo de países industrializados). Diz que Obama apóia o livre comércio, mas deseja proteger os trabalhadores norte-americanos de práticas comerciais injustas.