Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Encerra na manhã desta sexta-feira a temporada dos prêmios Nobel com a premiação mais esperada pelo público: o Nobel da Paz. As especulações não param. O nome do ganhador será anunciado em Oslo às 6h (horário de Brasília). Em 2006, a honra foi para o inventor dos microcréditos para os pobres, o bengalês Muhammad Yunus. Mas este ano, pode ser diferente. No passado, os membros da premiação concederam honra à prevenção de conflitos ou à luta contra a pobreza. Em 2007 o grande ganhador do prêmio de US$ 1,5 milhão pode estar ligado à luta contra as mudanças climáticas, como o ex-vice-presidente americano Al Gore.

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Para esta edição, houve um número recorde de 181 concorrentes. Gore foi indicado ao prêmio por dois deputados do Parlamento norueguês, a socialista Heidi Sorensen e o liberal Borge Brende, por seus esforços para colocar os problemas ambientais na agenda política internacional. O ex-vice-presidente lançou o documentário "Uma Verdade Inconveniente", no qual alerta para as graves conseqüências do aquecimento global para o planeta.

Organismos como o prestigioso Instituto da Paz de Oslo (Prio) assinalam Gore como favorito, pela atualidade das questões derivadas da mudança climática, que serão discutidas na conferência internacional sobre o tema que a ONU organizou para dezembro, em Bali (Indonésia).

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Entre os candidatos ao Nobel da Paz ligados a este problema aparecem também o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o indiano Rajendra Pachauri, e a ativista canadense Sheila Watt-Cloutier. Também estão entre os candidatos o ex-chanceler alemão Helmut Kohl e o monge budista vietnamita Thich Quang Do.

O polêmico presidente da Bolívia, Evo Morales, também fez campanha não-oficial para o Nobel da Paz. Para encerrar, ele pediu às Farc que deixe as armas e deixou claro que compartilha os ideais de Che Guevara, mas não os métodos violentos usados pelo famoso guerrilheiro.

Embora Morales insista que não quer o prêmio, seu Governo, suas embaixadas e os meios de comunicação oficiais desenvolvem uma intensa campanha de apoio à sua candidatura.