O norte-americano David Goldman, que disputa a guarda do filho S.G., chegou nesta quarta-feira (11) ao Rio de Janeiro. Em entrevista concedida no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) à TV Globo Goldman disse que veio para visitar o filho "com autorização da Justiça brasileira". A assessoria de imprensa do padrasto de S., o advogado João Paulo Lins e Silva, que tem a guarda da criança, informou que não há nenhum encontro marcado.

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Goldman também deve passar por testes psicológicos, exigidos pela Justiça. Lins e Silva já passou por esses exames. O advogado Marcos Ortiz, que defende o norte-americano, disse que decidiu "restringir a divulgação" de detalhes sobre a vinda dele ao Brasil. "Fomos repreendidos por dar informações sobre o processo", afirmou Ortiz, sem explicar de quem partiu a reprimenda.

Nesta quarta, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um convite para que o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, dê explicações sobre a atuação do governo brasileiro na disputa pela guarda do menino. A União move uma ação contra Lins e Silva pelo cumprimento da Convenção de Haia, que prevê que a criança sequestrada de seu país seja devolvida em até seis semanas. S. está no Brasil há quase cinco anos, período em que não teve contato com o pai. Goldman diz que foi orientado por seus advogados a não encontrar o filho para não descaracterizar o sequestro internacional.

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Goldman foi casado com a estilista brasileira Bruna Bianchi. Durante uma viagem de férias ao Brasil com o filho, ela comunicou a separação e ganhou a guarda do menino na Justiça brasileira. O norte-americano, então, moveu um processo por sequestro internacional. Bruna morreu no ano passado, durante o parto de sua segunda filha. Lins e Silva requereu a guarda de S.G., alegando a paternidade socioafetiva. S. vive hoje com o padrasto, a irmã e os avós maternos.