Um jornalista norte-americano que havia sido sequestrado há dois anos na Síria por um grupo ligado à Al-Qaeda foi libertado, segundo a Casa Branca e parentes confirmaram neste domingo. Ele foi identificado como Peter Theo Curtis, de Massachusetts, e já está em segurança e fora da Síria de acordo com o governo dos Estados Unidos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que ajudou na transferência do prisioneiro para um grupo de mantenedores da paz em uma vila nas Colinas de Golã, que estão sob o controle de Israel. Após exames médicos, Curtis foi entregue às autoridades norte-americanas. Não foram fornecidas informações sobre o sequestro nem sobre o motivo da libertação.
Uma prima de Curtis, Viva Hardigg, se recusou a fornecer detalhes sobre sua libertação, mas disse que ele estava sendo mantido refém pela Nusra Front, um grupo sírio ligado à Al-Qaeda. "Ele parece estar em bom estado. Nós estamos profundamente aliviados e gratos pelo seu retorno. Ao mesmo tempo, não conseguimos parar de pensar nos outros reféns e naqueles que trabalham pela libertação deles. Queremos fazer todo o possível para ajudá-los", afirmou.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que o grupo Jabhat al-Nusrah, que também é ligado à Al-Qaeda, é que mantinha Curtis refém. Segundo ele, nos últimos dois anos o governo norte-americano pediu ajuda para mais de uma dezena de países, buscando informações e pessoas que poderiam ter influência sobre os rebeldes para garantir a segurança e libertação de Curtis.
Esta semana outro norte-americano, o jornalista James Foley, foi decapitado por militantes do Estado Islâmico, que filmaram sua morte e divulgaram o vídeo na internet. Antes, eles haviam pedido US$ 132,5 milhões de resgate e exigido concessões dos EUA que não foram atendidas.