EUA confirmam libertação de jornalista americano sequestrado na Síria
O secretário de Estado americano, John Kerry, confirmou neste domingo a libertação do jornalista americano Peter Theo Curtis, sequestrado há quase dois anos na Síria, e assegurou que seu país seguirá trabalhando para conseguir a liberdade de outros reféns americanos nesse país.
"Particularmente após uma semana marcada por uma tragédia inefável, todos estamos aliviados e agradecidos sabendo que Theo Curtis está voltando para casa", disse Kerry em comunicado.
A assessora de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, indicou em outro comunicado que Curtis "já está a salvo fora da Síria" e espera- se que "possa reunir-se em breve com sua família".
O canal de televisão catariano "Al Jazeera" informou pouco antes que Curtis tinha sido libertado hoje e entregue a representantes das Nações Unidas, mas porta-vozes da ONU contatados pela Efe na Síria e em Nova York não confirmaram essa informação por enquanto.
"Durante dois anos, este jovem americano foi separado de sua família. Finalmente, voltará para casa", afirmou Kerry, que destacou que a mãe de Curtis "simplesmente se negou a render-se e trabalhou incansavelmente para manter viva a esperança que este dia pudesse ser uma realidade".
Nem Kerry nem Rice deram detalhes de como se alcançou a libertação de Curtis nem confirmaram que foi entregue a representantes da ONU.
EFE
Um jornalista norte-americano que havia sido sequestrado há dois anos na Síria por um grupo ligado à Al-Qaeda foi libertado, segundo a Casa Branca e parentes confirmaram neste domingo. Ele foi identificado como Peter Theo Curtis, de Massachusetts, e já está em segurança e fora da Síria de acordo com o governo dos Estados Unidos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que ajudou na transferência do prisioneiro para um grupo de mantenedores da paz em uma vila nas Colinas de Golã, que estão sob o controle de Israel. Após exames médicos, Curtis foi entregue às autoridades norte-americanas. Não foram fornecidas informações sobre o sequestro nem sobre o motivo da libertação.
Uma prima de Curtis, Viva Hardigg, se recusou a fornecer detalhes sobre sua libertação, mas disse que ele estava sendo mantido refém pela Nusra Front, um grupo sírio ligado à Al-Qaeda. "Ele parece estar em bom estado. Nós estamos profundamente aliviados e gratos pelo seu retorno. Ao mesmo tempo, não conseguimos parar de pensar nos outros reféns e naqueles que trabalham pela libertação deles. Queremos fazer todo o possível para ajudá-los", afirmou.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que o grupo Jabhat al-Nusrah, que também é ligado à Al-Qaeda, é que mantinha Curtis refém. Segundo ele, nos últimos dois anos o governo norte-americano pediu ajuda para mais de uma dezena de países, buscando informações e pessoas que poderiam ter influência sobre os rebeldes para garantir a segurança e libertação de Curtis.
Esta semana outro norte-americano, o jornalista James Foley, foi decapitado por militantes do Estado Islâmico, que filmaram sua morte e divulgaram o vídeo na internet. Antes, eles haviam pedido US$ 132,5 milhões de resgate e exigido concessões dos EUA que não foram atendidas.