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Guerra do Iraque

Norte-americanos baixam bandeira na capital Bagdá

Soldados participam de cerimônia que encerra campanha no Iraque | Lucas Jackson/Reuters
Soldados participam de cerimônia que encerra campanha no Iraque (Foto: Lucas Jackson/Reuters)

Militares desceram a bandeira dos Estados Unidos da haste e a enrolaram em um tecido, fechando o quartel-general do Exército americano em Bagdá de acordo com as tradições. Assim foi encerrada oficialmente ontem a guerra no Iraque, após quase nove anos de presença das tropas americanas no país.

Com a participação do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, o encerramento se dá duas semanas antes do prazo programado no acordo de segurança assinado entre os governos dos EUA e do Iraque em 2008.

O documento estipulava que as tropas estrangeiras deveriam deixar o país do Oriente Médio até o dia 31 de dezembro deste ano. Os soldados chegaram no país em março de 2003. A data da cerimônia foi mantida em segredo durante semanas para evitar que insurgentes ou milícias pudessem planejar um ataque.

Em seu discurso na cerimônia no aeroporto internacional de Bagdá, Panetta afirmou que os veteranos que fizeram parte dos quase nove anos de conflito poderiam estar certos de que o "sacrifício que fizeram ajudou o povo iraquiano a colocar a tirania de lado".

"Depois de muito sangue derramado por iraquianos e americanos, a missão de um Iraque que pudesse se governar e garantir a própria segurança se concretizou"", ressaltou. "Certamente, o custo foi alto -em mortes e em dinheiro para os Estados Unidos e para o povo iraquiano. Essas vidas não se perderam em vão."

O secretário de Defesa dos EUA homenageou o embaixador no país, James Jeffrey, e o general Lloyd Austin por supervisionarem a rápida retirada de 50 mil soldados nos últimos meses e o fechamento de dezenas de bases militares.

Um tributo especial foi feito, porém, aos mais de 1 milhão de soldados que serviram no Iraque desde 2003, incluindo cerca de 4.400 mortos e mais 30 mil feridos em combate. "Vocês fizeram tudo que sua nação lhes pediu e ainda mais", afirmou. "Vocês não sabiam se voltariam para as pessoas que amam. Vocês partem com um grande orgulho, certos de que seu sacrifício ajudou a população iraquiana a começar um novo capítulo em sua história, livre da tirania."

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