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Um delegação diplomática de alto escalão da Coreia do Norte fez uma visita de homenagem ao local de luto do ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung, apertando as mãos dos filhos do líder morto e deixando uma coroa de flores na Assembleia Nacional da Coreia do Sul.

A visita foi a primeira a Seul feita em dois anos por funcionários da Coreia do Norte e foi apenas a segunda vez que o regime norte-coreano enviou uma delegação a ritos fúnebres de um cidadão da Coreia do Sul.

Vestidos de preto, os diplomatas deixaram uma coroa de flores com o nome em destaque do líder norte-coreano Kim Jong Il no altar em honra ao ex-presidente.

O chefe da delegação norte-coreana Kim Ki Nam queimou incenso e os seis diplomatas e funcionários olharam com respeito para o retrato de Kim Dae-jung antes de cumprimentar a família do presidente morto.

A visita para homenagear um homem que devotou sua presidência construir melhores laços com o norte comunista aumentou as esperanças de melhores relações na tensa Península Coreana. Kim morreu na terça-feira aos 85 anos de idade. Oficialmente, as duas Coreias permanecem em guerra, porque o conflito civil de três anos acabou em 1953 com um cessar-fogo, não com um tratado de paz.

Kim era respeitado dos dois lados da fronteira, por seu esforço de aproximação bilateral. Ele manteve a chamada Política do Raio de Sol em relação à nação vizinha, que teve seu auge na visita de Kim ao território norte-coreano, em 2000, encontrando-se com Kim Jong Il. O sul-coreano ganhou o prêmio Nobel da Paz pelo esforço, no ano 2000.

Diálogo

O Ministério da Unificação sul-coreano anunciou que manterá conversações com os funcionários norte-coreanos presentes no país. Os visitantes, entre eles o chefe do setor de espionagem Kim Yang Gon, manterão diálogo com o ministro de Unificação, Hyun In-taek, neste sábado (22).

Mais cedo nesta sexta-feira, o chefe da delegação norte-coreana, Kim Ki Nam, disse que seu grupo esperava manter encontros com funcionários locais, segundo a agência sul-coreana Yonhap.

As relações entre as Coreias pioraram desde o ano passado, quando o conservador Lee Myung-bak assumiu o poder em Seul, pregando uma linha-dura para o vizinho. Os sul-coreanos pressionam os norte-coreanos para que interrompam seus testes nucleares e de mísseis, mas Pyongyang afirma se sentir ameaçada por Seul e pelos EUA e afirma que os testes fazem parte de sua soberania. As informações são da Associated Press.

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