"Haverá uma Noruega antes e outra depois" do duplo atentado do último dia 22. A afirmação feita ontem pelo premiê norueguês, Jens Stoltenberg, foi recebida como indício de que o país irá reestruturar seus sistemas de segurança, após os ataques perpetratos pelo terrorista Anders Behring Breivik na última sexta-feira, que deixaram ao menos 76 mortos.

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Contudo, Stoltenberg foi evasivo sobre medidas concretas. "Muitas coisas mudarão, mas vamos continuar sendo uma sociedade aberta e não deixaremos o medo tomar conta", afirmou.

O ministro de Exteriores, Jonas Gahr Store, disse que o governo deve revisar sua política antiterrorista nas próximas semanas. Ele admitiu falha ao não prestar atenção às ameaças internas.

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Ontem a polícia informou que não usou helicópteros para chegar à ilha de Utoeya – a cerca de 40 minutos de Oslo, onde ao menos 68 foram mortos – porque o piloto estava de folga no dia.

O chefe da polícia local de Oslo, Erik Andersen, disse que a aeronave só é usada em operações de trânsito. "A polícia aqui não usa helicópteros como vemos em filmes ou no Rio de Janeiro."

O ministro de Justiça, Knut Storbergetsaid, refutou as críticas internacionais. "A polícia está fazendo um trabalho fantástico. Não é justo que nos critiquem de fora".

Para o sociólogo norueguês Jone Gronlien, as críticas externas desconhecem a especificidade norueguesa. "O mundo que critica tem que entender que temos outra maneira de encarar a segurança. Preferimos viver em paz a viver em paranoia."

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