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Em meio às comemorações do aniversário de 25 anos da reunificação da Alemanha, a chanceler Angela Merkel e o presidente Joachim Gauck compararam a situação do país após a Guerra Fria com a atual crise migratória e pediram esforços para que a chegada sem precedentes de refugiados no continente seja resolvida.

Merkel insta Europa a proteger fronteiras externas em meio a crise de refugiados

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Europa precisa proteger as suas fronteiras externas, uma vez que enfrenta a maior afluência de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial - uma crise que disse estar “testando a capacidade da Europa”

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“Embora um problema pareça sem solução ou uma tarefa pareça demasiadamente pesada, não devemos abaixar os braços, mas trabalhar para torná-la possível. É isso que nos ensina a história da Alemanha”, declarou Merkel, neste sábado (3), em Frankfurt, onde acontecem as comemorações oficiais da data.

Assim como a reunificação, há 25 anos, a chegada dos refugiados vai representar “uma reviravolta”, disse a chanceler.

“Em 1990, também cabia nos perguntarmos: ‘estamos à altura do desafio?’ Mas milhões de pessoas enfrentaram de frente este desafio”, lembrou Gauck, .

O presidente alemão também ressaltou a necessidade de combater as causas que fazem os refugiados fugirem de seus países e defendeu um controle maior das fronteiras da Europa.

“Não poderemos manter nossa abertura atual se não nos decidirmos pela melhor segurança das fronteiras exteriores europeias”, disse Gauck.

Principal destino de refugiados da África e do Oriente Médio, a Alemanha prevê que entre 800 mil e 1 milhão de novos solicitantes de asilo chegarão ao país neste ano.

Comemorações

O presidente alemão, Joachim Gauck, e a chanceler, Angela Merkel, começaram neste sábado em Frankfurt a comemoração dos 25 anos da unificação da Alemanha, que foi dividida após a Segunda Guerra Mundial e se tornou um dos palcos de disputa da Guerra Fria entre EUA e Rússia.

O presidente de Hesse, estado onde fica Frankfurt, o democrata-cristão Volker Bouffier, cumprimentou Gauck e Merkel na igreja Paulskirche, símbolo da democracia na Alemanha, porque em 1848 e 1849 se tornou a sede do parlamento de Frankfurt, o primeiro parlamento eleito publicamente no país.

Posteriormente Gauck e Merkel assinaram o Livro de Ouro da cidade. Em seguida o presidente alemão e a chanceler assistirão a um serviço religioso ecumênico na catedral de Frankfurt.

A cerimônia de celebração das bodas de prata da Alemanha unificada acontece na Alte Oper (edifício da Ópera Antígua de Frankfurt) para 1.500 convidados.

O Estado de Hesse preparou entre 400 e 500 eventos e atividades em toda a região para lembrar o Dia da Unidade Alemã (“Tag der Deutschen Einheit”), que é festa nacional na Alemanha.

Tradicionalmente quem organiza a cerimônia de celebração da unificação da Alemanha é o Estado federado que preside o Bundesrat (a câmara alta), que este ano é Hesse, cuja capital é Wiesbaden.

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