O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou ontem que seu governo não fará composições com a oposição republicana e não recuará em sua agenda, mesmo diante da inevitável perda do controle da Câmara dos Deputados pela base governista. A sinalização surgiu no discurso de 35 minutos, em Ohio, com o qual Obama encerrou sua participação nas eleições legislativas de 2 de novembro.

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"Não vamos voltar atrás. Vamos continuar remando na direção correta", afirmou Obama de um palco montado no ginásio de esportes da Universidade Estadual de Cleveland. Metade da plateia estava vazia.

A escolha do Estado não foi aleatória. Na eleição de meio de mandato, como a que ocorre amanhã, Ohio é considerado um termômetro. O resultado local dará a medida das dificuldades e chances de Obama conseguir sua reeleição em 2012. Ohio também é o reduto do principal adversário de Obama no Congresso, o deputado John Boehner, que deverá ser reeleito e assumir a presidência da Câmara.

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Atual líder da minoria republicana na Câmara, Boehner mobilizou sua bancada contra a aprovação das reformas dos planos de saúde e do setor financeiro, do pacote de estímulo econômico e até mesmo da extensão da vigência do seguro desemprego.

Como presidente da Casa, deverá criar os obstáculos possíveis a futuras propostas do Executivo, como o fim da redução de impostos para a fatia mais rica da população e a adoção de benefícios tributários permanentes para a classe média.

Embora mais contido nos ataques a Boehner que na visita anterior a Ohio, em setembro, Obama não se esqueceu do oponente. "Ele diz que seu objetivo é vencer a eleição e bater em mim. Essa é a mentalidade."