Noticiário cubano é produzido nos EUA

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O embargo econômico é a face mais visível da saga contra o regime de Fidel e Raúl Castro em Cuba. Mas todos os dias, há 28 anos, os EUA travam uma batalha de ideias pela restauração da democracia na ilha que assombra a política externa americana desde 1959. Em 1985, foi posta no ar a Rádio Martí (em homenagem ao herói nacional cubano José Martí), com sede em Miami, que produz reportagens, programas de variedades e alertas climáticos, transmitidos 24 horas por dia. A tevê de mesmo nome veio no início dos anos 1990 e há mais de uma década foi criado o site martínoticias.com.

Gestada no governo de Ronald Reagan — sob o princípio de levar "a verdade" ao povo cubano —, a rádio é gerida pelo Office of Cuba Broadcasting (OCB). Tem 119 empregados — incluindo correspondentes na ilha — e orçamento de US$ 28 milhões.

Desafio

Chegar aos lares cubanos é um desafio diário para as operações Martí, que sofrem tentativas constantes de bloqueio dos sinais — na ilha, todos os meios de comunicação são estatais e o acesso a veículos não autorizados é passível de punição. Para driblar a censura, a rádio divide as transmissões em diversas frequências ao longo do dia.

Já a tevê utiliza principalmente o sistema de transmissão direta a parabólicas, de bases terrestres na Flórida e por satélite. Como os bloqueadores estatais são mais eficientes neste caso, o grupo entrega mil DVDs com a programação Martí semanalmente em Cuba, por intermédio de 24 centros de distribuição. Na internet, foram construídas "portas dos fundos", pelas quais chega-se ao Martínotícias.com por outros sites.