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Uma nova cepa de vírus do tipo influenza que afeta aves matou cerca de 1.600 gansos das neves em duas áreas do estado americano do Colorado, segundo autoridades locais. Aves de rapina e urubus também estão sendo afetados.
Os alertas começaram em novembro do ano passado, nos condados de Morgan e Logan. Em comunicado, o departamento de Parques e Vida Silvestre do Colorado informou que pausará testes durante a atual estação, mas as mortes de aves continuam sendo contadas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que está chamando a doença de HPAI, sigla em inglês para “Influenza Aviária Altamente Patogênica”, diz que aves silvestres podem estar infectadas com o vírus de forma assintomática e que, portanto, aves domésticas estão em risco de infecção e criadores devem redobrar cuidados.
Em uma tabela fornecida pelo USDA com quase seis mil registros individuais desde janeiro de 2022, os 25 casos mais recentes registrados, do dia 9 de janeiro, são de aves infectadas com uma variante da cepa H5N1. O registro mais recente é de uma águia-careca, símbolo do país, observada morta no estado de Iowa.
Já existem casos registrados na pecuária. Uma fazenda na cidade de Monroe, no estado de Washington (na ponta Noroeste do país), precisou sacrificar quase 200 patos e encerrar atividades potencialmente para o resto de 2023 após um surto, informou o site de notícias locais Kiro 7 News.
“Foi em 21 de dezembro. Encontramos uma ave que estava com comportamento estranho. Ela estava bem letárgica, não parecia ela mesma. Algo estava errado”, conta a dona da fazenda, Elaine Kellner. “Ficamos muito tristes”.
Risco para humanos?
A grande cepa H5N1 já se mostrou capaz de infectar humanos, mas é preciso mais informações sobre a patogenicidade dessa nova variante que está matando aves silvestres e domésticas. Autoridades sanitárias do Equador informaram que uma menina de nove anos foi infectada há dez dias em Simiatug, na província de Bolívar, a partir de frangos. O subsecretário nacional de Vigilância, Prevenção e controle da Saúde Epidemiológica, Francisco Pérez, disse ao jornal El Comercio que o risco de contágio é mínimo.
A menina foi hospitalizada e precisou de ventilação mecânica, mas se encontra estável. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americanos tiveram acesso ao caso e confirmaram que se tratava de pneumonia provocada pelo vírus da cepa H5N1, informou El Comercio.