O novo vírus H1N1, que já matou várias pessoas no México, não é mais letal nem parece ser mais contagioso que a típica gripe sazonal, disse nesta segunda-feira (4) o chefe de epidemiologia do governo mexicano.

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A epidemia da nova doença, inicialmente chamada de "gripe suína", matou pelo menos 26 pessoas nos últimos dez dias no México, além de se espalhar por diversos países, gerando temores de uma pandemia (epidemia global). No exterior, a única vítima fatal foi um bebê mexicano em visita ao Texas.

Especialistas ainda tentam entender por que o México teve mais casos e mais mortes, mas o médico Miguel Angel Lezana, diretor do Centro Nacional de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do México, disse que o vírus não é especialmente mortal.

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De acordo com ele, o que aconteceu é que o país foi apanhado de surpresa.

"A virulência é muito similar à da 'influenza' (gripe) sazonal", disse Lezana à Reuters.

Ele afirmou que, após analisar casos confirmados da nova gripe, soube-se que sua taxa de reprodutibilidade - o número de pessoas que um paciente pode contaminar - é de aproximadamente 1,3 ou 1,4. "É um número bastante similar ao da 'influenza' sazonal", afirmou.

Questionado sobre se a mortalidade também é semelhante à da gripe comum, ele disse: "Sim, exatamente".

Em todo o mundo, a gripe sazonal mata de 250 a 500 mil pessoas por ano, sendo 36 mil só nos EUA.

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"Por ser um dos primeiros países em que se constatou a circulação desse novo vírus, tanto a população quanto os serviços de saúde estavam ante uma situação desconhecida, inédita", disse o funcionário.

Lezana concordou com a declaração de Richard Besser, diretor-adjunto do Centro para a Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA, segundo quem a nova cepa do vírus H1N1 não é mais perigosa do que as típicas gripes sazonais que circulam anualmente.