O maior estudo já realizado para investigar a possível conexão entre o uso de telefones celulares e câncer não encontrou evidências de que esses aparelhos estimulem a formação de qualquer tipo de câncer. A pesquisa envolveu 350 mil pessoas e concluiu que não havia diferença nas taxas de incidência de câncer entre usuários de celulares por uma década e não usuários. Em 2010, um outro estudo deixou dúvidas a respeito dessa questão, e não descartou a possibilidade de aparecimento de glioma, um raro porém letal tumor cerebral em indivíduos que passam horas nesses telefones.
Na época, a Agência Internacional para a Investigação de Câncer classificou a energia eletromagnética dos telefones celulares como "possivelmente cancerígena". Mas esses aparelhos não emitem o mesmo tipo de radiação aplicada em alguns exames de radiologia, dizem especialistas. E duas agências americanas - a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) e a Comissão Federal de Comunicações - não encontraram qualquer vínculo entre celular e câncer.
Na investigação publicada na edição on line da "Revista Britânica de Medicina", os autores atualizaram estudo prévio que examinou 358.403 usuários de celulares, com média de idade de 30 anos na Dinamarca, de 1990 a 2007. As taxas de câncer nos usuários de celulares durante aproximadamente 10 anos foram similares às taxas em participantes sem telefone celular. E os usuários não apresentaram uma maior probabilidade de desenvolver tumor de cérebro, como glioma.
Porém, mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo usam celulares, o que dificulta a realização de estudos comparando a incidência de câncer em usuários dos aparelhos e não usuários.
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