Envolvido em acusações de vínculo com a empreiteira brasileira Odebrecht e criticado pela aproximação com o fujimorismo, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, chegou à desaprovação recorde no país, informou neste domingo (25) a pesquisa GfK, encomendada pelo jornal La República. A sondagem revela ainda que mais da metade da população peruana deseja ver o mandatário fora do poder.
A quantidade de peruanos que rejeitam Kuczynski passou de 72% em dezembro para 82% este mês. É a maior taxa de desaprovação desde que ele assumiu o poder.
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A rejeição a Kuczynski vem crescendo desde o final do ano passado, quando ele sobreviveu a um pedido de impeachment no parlamento com o apoio de políticos ligados ao ex-ditador Alberto Fujimori, a quem o presidente concedeu indulto humanitário. PPK, como é conhecido, é acusado de não ter informado que prestou consultoria à Odebrecht, que, assim como no Brasil, comandou um esquema de corrupção envolvendo altos funcionários públicos no Peru.
Na pesquisa espontânea, quando perguntados se PPK deveria deixar o poder, 55% dos entrevistados disseram que sim. Por sua vez, 43% disseram que não e 2% não souberam ou não opinaram.
Quando questionados se Kuczynski deveria renunciar e deixar que um dos vice-presidentes do Peru assuma o poder, 52% dos entrevistados responderam afirmativamente. Em janeiro, esta taxa era de 43%. Os que defendem a permanência dele na presidência passaram de 55% no mês passado para 46% neste mês.
A pesquisa ouviu 1.180 pessoas em todo o país entre os dias 17 e 20 de fevereiro. A margem de erro é de 2,8 pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança do levantamento é de 95%.
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