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"Adversários"

Nova política espacial dos EUA prioriza a defesa

O presidente dos EUA, George W. Bush, determinou uma nova política espacial que fixa a defesa como uma prioridade e reserva aos EUA o direito de negar o acesso ao espaço de países que considerar "adversários".

Segundo o jornal "The Washington Post", o decreto foi publicado no mês passado, mas não teve nenhum tipo de anúncio público. A política foi aprovada em 31 de agosto e publicada pela Casa Branca discretamente no último dia 6.

O objetivo é iniciar uma nova política estratégica espacial para substituir a aprovada há dez anos pela administração do ex-presidente Bill Clinton (1993-2001).

A nova política enfatiza a segurança, mas também incentiva o desenvolvimento do setor privado no âmbito espacial.

Segundo o jornal, as principais metas que a política estabelece são "fortalecer a liderança espacial do país, garantir que a capacidade espacial permita melhorar a segurança nacional dos EUA e alcançar objetivos de política externa". Também prioriza "permitir as operações dos EUA sem obstáculos pelo espaço, a fim de defender os interesses do país".

Com esse objetivo, o documento instrui o secretário de Defesa americano a "desenvolver capacidades, planos e opções que garantam a liberdade de ação no espaço e, se assim for ordenado, negar essa mesma liberdade de ação aos adversários".

"A liberdade de ação no espaço é tão importante para os EUA como o poder aéreo ou o marítimo", diz o documento.

O jornal acrescenta que "EUA serão contra o desenvolvimento de novos regimes legais ou outras restrições que busquem proibir ou limitar o acesso ou o uso dos EUA ao espaço".

"Possíveis acordos sobre controle de armamento ou outro tipo de restrições não devem limitar os direitos dos EUA a realizar pesquisas, testes e operações ou outras atividades no espaço em benefício do país", afirma.

O governo, segundo o jornal, afirma que esta nova estratégia não representa um passo adiante para colocar no espaço um sistema defensivo.

Segundo informa o "Post", um alto funcionário que não quis ser identificado, "essa política não tenta desenvolver ou colocar armas no espaço". Membros do Congresso e outros governos, entre eles a Rússia, teriam sido informados.

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