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Leste europeu

EUA alertam para ataque russo à Ucrânia “a qualquer momento”; governos marcam nova reunião

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, conversará com Kiev e aliados antes de reunião com ministro russo na sexta-feira (Foto: EFE/EPA/Erik Simander/TT)

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O Departamento de Estado americano informou nesta terça-feira (18) que o secretário Antony Blinken se reunirá nesta semana com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, sobre a crise da concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Será a retomada de diálogos realizados na semana passada na Europa, nas quais o impasse não foi resolvido.

Segundo o Departamento de Estado, Blinken se encontrará na quarta-feira (19) com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Kiev, e na quinta-feira (20), com representantes do governo alemão e do chamado grupo Quad (que reúne Estados Unidos, Austrália, Japão e Índia) em Berlim.

Por fim, na sexta-feira (21), Blinken se reunirá em Genebra com o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, com quem o americano conversou nesta terça.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que um ataque de Moscou é iminente. “Acreditamos que estamos agora em um estágio em que a Rússia poderia, a qualquer momento, deflagrar um ataque à Ucrânia”, afirmou Psaki, durante sua coletiva de imprensa diária.

Na semana passada, diplomatas americanos e russos já haviam se encontrado em Genebra, e depois ocorreram conversas no âmbito do conselho Rússia-Otan (aliança militar do Ocidente), em Bruxelas, e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa em Viena, mas não houve avanços na negociação.

A Ucrânia estima que cerca de 100 mil soldados russos já estão concentrados na fronteira e teme uma invasão nos moldes da anexação da Crimeia e dos movimentos separatistas na região de Donbass apoiados por Moscou, ambos em 2014. A Rússia alega que visa apenas a autodefesa e, para desmobilização das tropas, faz exigências como o veto a uma possível entrada da Ucrânia na Otan, demandas que os Estados Unidos e aliados consideram inaceitáveis.

Também na semana passada, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Riabkov, sugeriu que a Rússia poderia levar mísseis ou infraestrutura militar para Venezuela e Cuba; os americanos responderam com a ameaça de uma ação “decisiva”.

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de enviar sabotadores ao leste da Ucrânia para realizar uma operação falsa que pudesse servir de pretexto para que o presidente Vladimir Putin ordenasse uma invasão ao país. Outro fator que elevou a tensão nos últimos dias foi a realização de exercícios militares entre Rússia e Belarus em território bielorrusso.

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