Uma equipe britânica usou com sucesso pela primeira vez uma nova técnica de fertilização in vitro que dá maior precisão na escolha de óvulos capazes de serem fecundados, disse um especialista nesta segunda-feira (26).

CARREGANDO :)

O tratamento combina os exames feitos atualmente com um novo programa de computador que rastreia os óvulos em busca de falhas nos cromossomos, que possam levar a abortos espontâneos.

A primeira paciente, uma britânica de 41 anos que tivera 13 tentativas frustradas de fertilização artificial, agora está grávida, segundo os pesquisadores.

Publicidade

Simon Fishel, diretor-gerente da clínica CareFertility, responsável pela técnica, disse que o objetivo é produzir mais gestações, mas com menor incidência de gravidez múltipla.

"Vamos devagar com essa tecnologia, porque não queremos criar esperanças", disse Fishel em entrevista coletiva. "O Santo Graal é conseguir uma gravidez com um embrião."

Desde julho de 1978, mais de 3,5 milhões de bebês já nasceram em todo o mundo graças a técnicas de reprodução assistida, e o número continua crescendo, especialmente entre mulheres de 30 a 39 anos.

A técnica consiste em retirar cirurgicamente os óvulos dos ovários e combiná-los em laboratório com o esperma. Os melhores embriões - normalmente um ou dois - são implantados no útero.

"Agora podemos olhar todos os cromossomos em um embrião em tempo real", disse ele.

Publicidade

A equipe de Fishel, que refinou uma técnica complexa para detectar problemas cromossômicos, colheu uma pequena amostra do óvulo, chamada corpo polar, que contém metade dos cromossomos do óvulo, mas não participa no processo de fertilização.

Um novo programa de computador concluiu que dois dos nove óvulos da paciente eram mais promissores. A mulher, que pede anonimato, já está nos dois últimos meses de gestação.

"Embora ainda esteja em um estágio muito preliminar, esta técnica pode oferecer um novo diagnóstico e esperança terapêutica para casais que sofrem de repetidas falhas na implantação da fertilização in vitro", disse Stuart Lavery, diretor de fertilização in vitro do Hospital Hammersmith, em Londres.

Veja também
  • EUA autorizam pesquisa de células-tronco com humanos