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Nova York avalia danos de "Irene", que perde força como tempestade tropical

Moradora de Nova York encara os estragos provocados pela passagem do furacão Irene | John G. Mabanglo / EFE
Moradora de Nova York encara os estragos provocados pela passagem do furacão Irene (Foto: John G. Mabanglo / EFE)

As autoridades de Nova York avaliam os danos causados por Irene, que neste domingo (28) tocou o solo do bairro de Coney Island já como tempestade tropical, o que não impediu inundações na Grande Maçã e que 760 mil usuários ficassem sem luz em todo o estado.

O ciclone deixa ainda seus feitos com fortes chuvas e ventos que estão previstos persistir durante o dia todo, embora a força do temporal tenha sido menor do que previsto inicialmente.

Ao tocar Coney Island, no Brooklyn, a tempestade tropical registrava ventos sustentados de 100 km/h, com os quais passou pela cidade, deixando problemas de inundações nas áreas mais sensíveis.

Perto dos rios Hudson e East, no baixo de Manhattan e em diferentes pontos das vias da cidade se detectaram inundações, assim como em outras áreas do Brooklyn, Queens e Staten Island, onde há inúmeras casas danificadas pela água.

As autoridades chegaram a fechar por causa disso uma das vias do túnel que une Nova Jersey a Nova York, mas o reabriram horas depois.

Agora acompanham com atenção a reação das águas que cercam a cidade, que subiram a níveis alarmantes e ocasionaram inundações que poderiam prolongar-se durante o dia devido à maré alta.

Confira a trajetória do furacão Irene. Acesse o link do aplicativo do Google.org Crisis Response

Confira mais informações no National Hurricane Center (conteúdo em inglês)

Acompanhe a cobertura em tempo real pelo twitter NYT Live (conteúdo em inglês)

Confira a chegada do furacão Irene à Costa Leste acessando o link do Daily News (conteúdo em inglês)

Com essa ameaça em mente, a cidade dos arranha-céus vai recuperando a normalidade e, apesar de em suas ruas predominar o ambiente de cidade fantasma vivido desde sábado, já havia moradores e turistas que, aproveitando os primeiros raios de sol que ultrapassavam a tempestade, se atreviam a sair às ruas para ver com seus próprios olhos os danos de "Irene".

As autoridades, no entanto, continuam recomendando que apesar de haver pontos da cidade em que o sol já brilha, não saiam de casa e não se aproximem das áreas afetadas.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o governador do estado, Andrew Cuomo, apressaram-se em visitar as regiões mais atingidas da cidade. Os prejuízos se resumiram a inundações, árvores caídas e redes de energia elétrica cortadas.

A Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA) da cidade determinou o início da dragagem da água que inundou algumas estações e túneis.

Não há confirmação até agora, por enquanto, se o serviço de metrô, trem e ônibus funcionará na primeira hora de segunda-feira, quando as bolsas de valores planejam operar com normalidade e está prevista a abertura dos jogos do Aberto de Tênis dos Estados Unidos.

"Pior já passou"

A secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano, afirmou neste domingo que "o pior de 'Irene' já passou", mas destacou que "ainda é potencialmente perigosa", apesar de sua categoria ter sido rebaixada de furacão para tempestade tropical.

"Ainda não estamos fora do perigo", afirmou Janet em entrevista coletiva concedida ao lado do diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), Craig Fugate.

Os dois informaram que haviam mantido uma conferência telefônica com o presidente americano, Barack Obama, e membros do gabinete presidencial para fornecer os últimos dados sobre "Irene".

Fugate pediu aos cidadãos que "permaneçam seguros" dentro de suas casas enquanto as equipes encarregadas de reparar a provisão elétrica trabalham para restabelecer o serviço, que foi interrompido em mais de 4 milhões de lares da costa leste dos EUA.

"O perigo ainda persiste. Ainda há árvores que caem, chuvas intensas e ventos fortes", acrescentou Fugate, que explicou que a tempestade tropical já tinha deixado a cidade de Nova York, onde foram registradas algumas inundações e blecautes.

Janet reconheceu que ocorreram muitas mortes em consequência da passagem de "Irene", que tocou a terra no sábado de manhã na Carolina do Norte, mas não forneceu um número exato de óbitos.

No entanto, a imprensa americana indicou que as vítimas já chegam a 15, relacionadas em sua maioria à queda de árvores e acidentes de trânsito provocados pelas condições meteorológicas adversas.

A tempestade tropical "Irene", que segundo o último relatório do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) avança a 96 km/h, se desloca agora em direção a Nova Inglaterra, onde deve chegar nesta tarde.

"Por favor, se estiveram nessa região, fiquem em casa", pediu Janet.

Além disso, as autoridades recomendaram aos cidadãos que deixem as estradas livres desde a Carolina do Norte até o Maine, para que as equipes de resgate possam realizar seus trabalhos de avaliação de desastres e eliminem os obstáculos.

"As redes de eletricidade e as árvores caídas, além das inundações, são os principais riscos agora", afirmou a secretária.

Segundo uma primeira avaliação, os prejuízos causados por "Irene" poderiam se situar em até US$ 2 milhões.

Alerta sobre recordes

O governador de Nova Jersey, Chris Christie, alertou neste domingo sobre o risco de inundações após a , que vai alcançar níveis recordes, e recomendou aos cidadãos não deixar suas casas.

"Não saiam de suas casas. Ainda não é seguro. Temos inundações em todo o estado", afirmou Christie.

O governador de Nova Jersey informou que os danos no litoral "parecem ser menores do que o esperado", mas as autoridades temem que as inundações provocadas pelo transbordamento dos rios "superem os registros históricos".

"Vamos ter recordes de inundações", acrescentou e explicou que serão necessários vários dias para voltar à normalidade.

MortesChristie confirmou a morte de duas pessoas: uma mulher que teria morrido ao ter o carro arrastado pelas águas e um bombeiro que teria morrido durante os trabalhos de resgate.

Com isso, o número de mortes chega a 15 nos EUA, ocorridas nos estados de Connecticut, Carolina do Norte, Flórida, Maryland, Nova Jersey e Virgínia, à espera que concluam os trabalhos de busca e resgate de possíveis afetados.

Sem luz

Em todo o estado mais de 650 mil pessoas ficaram sem luz, informou Christie, enquanto em todos os Estados Unidos a falta de energia mais de 4 milhões de pessoas.

A tempestade "Irene" tocou a terra em Nova Jersey na primeira hora da manhã como furacão, mas posteriormente o Centro Nacional de Furacões (NHC) rebaixou sua categoria para tempestade tropical.

Irene segue agora para Nova Inglaterra, onde os meteorologistas preveem mais chuvas, mas espera-se que a tempestade vá perdendo força progressivamente ao longo do dia.

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