O legislativo da cidade de Nova York aprovou esta semana um corte de cerca de US$ 1 bilhão no orçamento de US$ 6 bilhões do Departamento de Polícia, após pressão do movimento "Defund the police", que visa diminuir as verbas da polícia e que ganhou força nos Estados Unidos depois da morte do afro-americano George Floyd.
Grande parte desse montante será direcionado a outras agências. A segurança das escolas, por exemplo, passará a ser responsabilidade do departamento municipal de educação. Também foi cancelada a contratação de mais 1.163 policiais e haverá corte de US$ 352 milhões em horas extras. Apesar do movimento para desfinanciar a polícia, um corte de verbas já estava no horizonte por causa da crise causada pela pandemia de coronavírus. O orçamento total da cidade estava previsto em US$ 95,3 bilhões, mas foi reduzido para US$ 88 bilhões.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, e a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez, criticaram o prefeito Bill de Blasio, dizendo que o corte de quase US$ 1 bilhão é insuficiente para diminuir o papel da polícia na cidade. Cortez afirmou que de Blasio está usando "truques de orçamento" para apenas fazer parecer que está cortando verbas da polícia.
"Os fatos são que pegamos dinheiro do Departamento de Polícia de Nova York e o colocamos em programas para jovens. Estamos reduzindo o tamanho da polícia de Nova York, mas ainda de uma maneira que possa nos manter seguros", defendeu-se de Blasio em entrevista à CNN.
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