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Prefeitura de Nova York já recebeu mais de 65 mil imigrantes em busca de asilo na cidade
Prefeitura de Nova York já recebeu mais de 65 mil imigrantes em busca de asilo na cidade| Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE

O prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams, anunciou nesta quarta-feira (21) um novo corte orçamentário para lidar com a crise migratória que afeta a cidade americana há quase dois anos e que, segundo ele, lhe permite reverter os cortes planejados nos órgãos municipais, principalmente na área de segurança.

De acordo com um comunicado, a cidade reduzirá em 10% os gastos com os "solicitantes de asilo", como chamam os imigrantes recém-chegados, depois de um corte bem-sucedido de 20% nos gastos com eles, o que devolveu mais de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,3 bilhões) aos cofres da cidade.

Adams explicou que esse dinheiro foi recuperado, em parte, por meio da redução dos custos diários da ajuda às unidades familiares de migrantes e disse que continuará a oferecer a eles serviços intensivos para que possam resolver suas permissões de residência, trabalho e se sustentar sem ajuda.

Nova York abriga mais de 65 mil migrantes em um sistema que engloba abrigos públicos e hospedagens convertidas, como hotéis, e fornece alimentação, educação para crianças e outros serviços essenciais, o que criou uma crise financeira local.

A cidade limitou o tempo que os migrantes podem permanecer nesses centros e processou as empresas de transporte que os trazem de outros estados, como o Texas, onde o governador republicano Greg Abbott está fazendo uma forte campanha para denunciar a política de migração do governo federal.

O gestor democrata disse que esse corte adicional de 10% nos gastos com a crise migratória é um dos motivos pelos quais ele está cancelando os cortes anunciados anteriormente em outros órgãos da cidade.

O outro motivo são os resultados econômicos melhores do que os esperados em 2023, que levarão a receitas fiscais mais altas, o que Adams já havia mencionado anteriormente.

O prefeito vem reclamando há meses que o governo federal não está ajudando a resolver a situação da migração, o que levou a uma crise fiscal com um rombo de US$ 12 bilhões (R$ 59,2 bilhões) até 2025, levando-o a anunciar cortes de 5% nos órgãos municipais no ano passado.

No entanto, no início de 2024, ele já reverteu alguns dos cortes nas agências e descartou a remoção de fundos, especificamente aqueles destinados aos serviços de polícia e bombeiros. (Com Agência EFE)

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