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Nova York começará a oferecer pílulas abortivas gratuitas a partir de amanhã (18), inicialmente em uma clínica de saúde sexual no Bronx e depois em três outros centros semelhantes administrados pela cidade, segundo anunciou nesta terça-feira (17) o prefeito Eric Adams.
Desta forma, Nova York ratifica sua vocação de “cidade refúgio” em um momento em que vários estados do país estão restringindo de diferentes formas a interrupção da gravidez e reconsiderando o direito à vida em suas legislações, obrigando assim aquelas mulheres que querem fazer aborto a deslocarem-se para locais mais tolerantes à decisão.
"Nova York sempre foi um farol de liderança nesta nação e continuaremos a ser", disse o prefeito em um pronunciamento. As quatro clínicas que vão aderir a esta iniciativa de pílulas gratuitas em 2023 têm capacidade para emitir até dez mil comprimidos por ano, segundo fontes municipais citadas pelo portal “Gothamist”.
Essas clínicas têm a particularidade de, ao contrário dos hospitais, não exigirem convênio médico das pacientes, o que facilita muito o acesso de mulheres de baixa renda que não possuem um convênio.
Um porta-voz do Procurador Geral do Alabama, estado que baniu quase completamente o aborto logo após a reversão da decisão da Suprema Corte, declarou ao site The Hill na semana passada que pessoas que buscarem ou prescreverem as pílulas abortivas no estado, mesmo que remotamente, poderão ser processadas pela lei local que pune a exposição de crianças a produtos químicos perigosos. A lei de proteção à vida do Alabama tem como alvo quem oferece o serviço do aborto em vez de quem busca por ele, mas no caso da lei contra intoxicação infantil, quem busca é imputável.