Cigarro
Há um ano, prefeito restringiu espaço para fumantes
A restrição à venda de refrigerantes e outras bebidas ricas em açúcar faz parte de uma série de medidas que o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, vem tomando com o objetivo de proteger a saúde dos nova-iorquinos. Em maio do ano passado, uma lei municipal proibiu fumar em 1.700 parques e praças, além de banir o consumo de cigarros ao longo de 22,5 km de praias da cidade.
A medida prevê multa de US$ 50 para quem for flagrado fumando em locais proibidos.
Para advertir os fumantes, foram colocados sinais nas entradas dos locais públicos. Desde 2003 era proibido fumar em Nova York em bares e restaurantes. Muito antes disso, já era proibido o fumo em locais de trabalho. O departamento de Saúde e Higiene Mental lançou uma campanha educativa na televisão, no metrô e na imprensa escrita.
Bloomberg também proibiu o uso de gordura trans nos restaurantes.
Número
480 ml (menos de meio litro) será o tamanho máximo permitido de copos e garrafas de refrigerantes em restaurantes e lanchonetes de Nova York, segundo a lei proposta pelo Departamento de Saúde da cidade.
A venda de garrafas ou copos de refrigerante de mais de 0,48 litro será proibida em todos os restaurantes e lanchonetes de Nova York. O prefeito Michael Bloomberg disse, ao anunciar a medida, que a proibição tem como objetivo combater a obesidade.
Pesquisas divulgadas com frequência na mídia mostram que mais da metade dos nova-iorquinos adultos são obesos. A nova legislação da prefeitura, que deve entrar em vigor em março de 2013, tem como alvo o consumo exagerado de refrigerantes, considerados os grandes vilões.
Refrescos, chá gelado adoçado e bebidas energéticas também sofrerão as mesmas restrições. Somente bebidas diet escapam da proibição, além de sucos naturais, café e bebidas lácteas como milkshake estão fora da proibição.
Quando a lei entrar em vigor, garrafas grandes de refrigerantes ainda poderão ser compradas em supermercados. E continuará permitida a prática adotada por muitas lanchonetes de permitir que o consumidor encha o copo de refrigerante quantas vezes quiser. Desde que seu tamanho não exceda 0,48 litro.
A prefeitura argumenta que as bebidas ricas em açúcar são as principais responsáveis pelo aumento do consumo de calorias, com base em um estudo de 2006. Por isso, elas estão ligadas ao avanço da obesidade e, por consequência, da diabetes e das doenças cardíacas.
A decisão do prefeito provocou críticas de moradores que a consideram uma intromissão exagerada do poder público em questões particulares.
Produtores de refrigerantes também se manifestaram contrários. "A obsessão doentia do Departamento de Saúde de Nova York em atacar os refrigerantes mais uma vez o leva a cometer exageros. O município não vai resolver a questão da obesidade atacando o refrigerante porque o refrigerante não está aumentando a taxa de obesidade", afirmou Stefan Friedman, da Associação de Bebidas de Nova York.
"A população de Nova York é muito mais inteligente do que o Departamento de Saúde de Nova York pensa", afirmou em comunicado a Coca-Cola. "Somos transparentes com nossos consumidores. Eles podem ver exatamente quantas calorias há em cada bebida que servimos", acrescentou.
Apesar da pressão, Bloomberg mantém-se firme em sua proposta. "A obesidade é um problema de saúde nacional e, em todos os Estados Unidos, os responsáveis pela saúde pública se lamentam e dizem que isto é terrível", disse.