Nove anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, finalmente há progressos visíveis na reconstrução do terreno onde ficava o World Trade Center, agora conhecido como Marco Zero.
Atrasos devido a questões políticas, de segurança ou de financiamento marcam o projeto de quase 11 bilhões de dólares, sem que tenha surgido um reluzente novo arranha-céu nem um memorial para as pessoas que morreram nos ataques com aviões sequestrados pela Al Qaeda.
Mas, agora, duas das quatro torres de escritórios já estão sendo erguidas. O One World Trade Center -- antes chamado de Torre da Liberdade -- está com quase 40 andares, de um total de 106. Quando estiver pronto, em 2013, terá 541 metros (ou 1.776 pés, em homenagem ao ano de independência dos EUA), e será o edifício mais alto do país.
Já o memorial pelas quase 3.000 vítimas dos atentados deve estar concluído dentro de um ano, a tempo das celebrações do décimo aniversário.
Olhando do alto, já é possível ver o esboço de dois espelhos d'água que marcarão as "pegadas" das antigas torres gêmeas. O complexo deve abrigar também um museu, um terminal de transportes e um centro de artes.
"Este é um gigantesco jogo de pega-varetas. Cada coisa que você vê ao redor toca em outra parte do projeto", disse Chris Ward, diretor executivo da Autoridade Portuária de Nova Jersey e Nova York, que está construindo uma das torres.
A intenção inicial, já abandonada, era inaugurar todo o complexo até 2011. "Os prazos que tínhamos bem no começo eram emocionais ou políticos. As pessoas queriam sentir que o centro (de Nova York) seria rapidamente reconstruído", disse Ward à Reuters em meio ao burburinho das obras no Marco Zero.
Junto à torre que está sendo construída pela Autoridade Portuária, o incorporador imobiliário Larry Silverstein está arcando com as outras três, das quais duas poderão ser ampliadas para cima caso haja demanda por mais escritórios.
Mas os notáveis progressos desde o último aniversário dos atentados acabaram ofuscados por outras questões, especialmente o projeto para a construção de um centro cultural islâmico a poucos quarteirões do local.Grupos conservadores se opõem à construção do centro cultural -- no qual haverá também uma mesquita -- por entender que isso desrespeita à memória das pessoas que foram vitimadas por militantes islâmicos.
"Parte da ansiedade e da raiva contra o plano de uma mesquita perto do Marco Zero é alimentada pelo atraso do memorial do 11 de Setembro, e, até certo ponto, pelo fato de que (o líder da Al Qaeda, Osama) bin Laden ainda está à solta", explicou Richard Shadick, professor de psicologia da Universidade Pace, da Nova York.
"Um memorial físico num local sagrado, onde as pessoas possam honrar suas perdas, acredito que irá ajudar a atenuar a dor experimentada atualmente", acrescentou Shadick.
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