A Itália reforçou as medidas de restrição para quem não está vacinado contra a Covid-19. A partir desta segunda-feira, eles não poderão entrar em áreas internas de restaurantes, teatros, museus, shows e outros estabelecimentos. As novas regras, que estarão em vigor até o dia 15 de janeiro, visam conter os contágios de coronavírus e incentivar essa população a se vacinar.
A polícia italiana poderá verificar se os fregueses de bares e restaurantes possuem o "super" certificado de saúde, que atesta que o portador está vacinado contra Covid-19 ou se recuperou recentemente da infecção.
O aplicativo de celular que verifica o certificado de saúde foi atualizado para impedir o acesso a espetáculos, apresentações ou salas de cinema de pessoas que não estão vacinadas, que até então poderiam acessar esses locais apresentando um teste negativo para coronavírus feito nos dias anteriores.
O certificado de saúde "básico", que pode ser obtido com um teste negativo, deverá ser apresentado para o uso de transporte público e estadia em hotéis. Em Milão, o prefeito anunciou que os certificados de saúde serão verificados antes que as pessoas entrem nos ônibus ou metrôs.
Na capital, Roma, dezenas de policiais estavam em estações de transporte nesta segunda-feira para verificar o certificado de saúde dos passageiros, e contavam com a colaboração do público, segundo relatos da imprensa.
Uma mulher de 50 anos residente de Roma recebeu uma multa de 400 euros ao desembarcar de um ônibus em uma estação da capital sem o certificado "básico" de saúde, disse o chefe da polícia municipal de Roma, Stefano Napoli, segundo a Associated Press.
A taxa de vacinação na Itália é mais alta do que a de alguns países vizinhos, com 73% da população completamente imunizada contra o coronavírus. No entanto, as pessoas de 30 a 50 anos são o grupo com maior resistência à vacinação no país; quase 3,5 milhões ainda não receberam a primeira dose de um imunizante.
As pessoas dessa faixa etária também são as mais afetadas pela Covid-19 neste momento, segundo Silvio Brusaferro, diretor do Instituto Nacional de Saúde da Itália.
A incidência de Covid-19 tem aumentado gradualmente há seis semanas na Itália, o que causa a preocupação de um novo surto nacional no momento em que os italianos se preparam para celebrar as festas de fim de ano com amigos e familiares.
A variante delta do coronavírus continua a ser predominante no país europeu, que até o momento detectou sete casos da nova variante ômicron, relacionados a dois passageiros que voltaram da África do Sul.
"Está claro que, após dois anos de pandemia, não podemos facilmente cancelar aulas presenciais em escolas e fechar as atividades econômicas", disse Gianni Rezza, diretor de prevenção do Ministério da Saúde italiano.
"Portanto, podemos tentar manter a disseminação do vírus baixa com medidas que são sustentáveis, e com o uso apropriado do certificado de saúde. Então, a maior aposta está na vacinação", afirmou Rezza.
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