Novas pesquisas de opinião divulgadas neste sábado (1) reforçam o excelente momento do Partido Conservador a apenas cinco dias das eleições, e cada vez mais parece que vão terminar com os 13 anos de governo do Partido Trabalhista.
Os líderes do partido viajaram pelo país, à medida que aceleravam a campanha para a eleição de quinta-feira, sendo aclamados e confrontando questões em variados locais, como uma clínica médica, uma fábrica de vidros e um supermercado.
"Energia, energia, energia, vou viajar o país todo, vou viajar todo o Reino Unido, esclarecendo bem a opção para as eleições", disse o líder conservador David Cameron, ao Sky News, explicando a estratégia do seu partido, antes das eleições.
A maioria das pesquisas de opinião mostrou que a Grã-Bretanha está a caminho de um Parlamento sem maioria absoluta pela primeira vez desde 1974, e três novas pesquisas divulgadas nas edições de domingo dos jornais colocam os conservadores de Cameron na frente, e uma delas mostra o partido a apenas 11 cadeiras de conseguir a maioria no Parlamento.
O primeiro-ministro, Gordon Brown, disse que pagou um alto preço por ter chamado uma eleitora de "cabeça-dura" na quarta-feira, quando esqueceu que estava de microfone, e no sábado, dois dos principais jornais do Reino Unido retiraram seu apoio ao partido.
Em contra-partida, Cameron ganhou impulso desde a sua participação em um debate com os lideres, televisado na quinta-feira, mas isso pode não ser suficiente para garantir a maioria absoluta para o seu partido.
Pesquisas de opinião há tempos vêm mostrando que os conservadores estão liderando essas eleições, mas não com uma vantagem suficiente para evitar um resultado inconclusivo, ou de um Parlamento dividido, algo que não acontece desde 1974. O apoio aos liberais democratas ou os 'Lib Dems', aumentou quando o líder Nick Clegg deu um show em três debates televisados, ao estilo dos debates norte-americanos.
Os conservadores têm alertado os eleitores, que um resultado inconclusivo poderia abalar a economia inglesa, por não lhes dar um mandato forte o bastante para que eles possam ter poder para agir de forma decisiva, para lidar com o déficit do orçamento do país, que agora chega a mais de 11 por cento do PIB.
O partido de Cameron quer cortar os gastos logo depois das eleições, mas o Partido Trabalhista e os liberais democratas querem adiar os cortes até que uma tentativa de recuperação econômica crie raízes.
Buscando a maioria
Uma pesquisa da ComRes para os jornais Sunday Mirror e o Independent coloca os conservadores 10 pontos na frente dos trabalhistas, deixando o partido de Cameron com 11 cadeiras abaixo da maioria e 13 pontos na frente dos Lib Dems. Os trabalhistas caíram um ponto, em comparação a uma pesquisa da mesma firma do dia 28 de abril.
Uma sondagem da ICM para o jornal Sunday Telegraph, mostra os conservadores com 36 por cento, na frente dos trabalhistas, com 29 por cento, e os Lib Dems, com 27 por cento, divulgou a Sky News.