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Perigo

Novo abalo sísmico atinge área de terremoto no Peru

Um violento tremor atingiu na sexta-feira a região do Peru que já havia registrado um terremoto de 8 graus de magnitude na noite de quarta-feira. O novo sismo provocou pânico entre equipes de resgate e sobreviventes na área.

O tremor secundário de sexta-feira teve magnitude 5,9 e danificou algumas casas na região de Huancavelica, ao sul de Lima, uma das áreas mais miseráveis do país. Ninguém morreu.

Em Pisco, uma das cidades mais atingidas na quarta-feira, pessoas que faziam fila para receber água e comida se espalharam quando o chão começou a tremer.

Muitos dos mortos de quarta-feira eram pobres que acabaram sendo esmagados pelas precárias paredes de barro de suas casas. Hospitais e necrotérios estão superlotados, o que obriga os moradores a deixarem os corpos nas ruas.

"Estamos trabalhando desde ontem à noite, e antes de chegarmos haviam resgatado uma mulher e uma criança, mas estavam mortas", disse o mineiro Paul Cana, 30 anos, que participa de uma equipe de resgate. "Não acho que haja mais sobreviventes."

Mas a retirada de um homem dos escombros de uma igreja deu alguma esperança às equipes.

Já foram confirmadas cerca de 510 mortes e mil feridos, informou as Nações Unidas na sexta-feira. A Defesa Civil disse haver 446 mortos, mas um funcionário afirmou que o número vai crescer conforme os corpos forem sendo recolhidos e as informações cheguem de áreas mais remotas.

O terremoto deixou milhares de desabrigados, que se queixam da falta de atendimento médico e de mantimentos.

Pisco, famosa pela aguardente homônima, foi a cidade mais afetada, junto com Ica e Chincha, onde centenas de presos fugiram de uma velha prisão derrubada pelo terremoto de quarta-feira.

Esse foi um dos piores desastres naturais na história do Peru. Em 1970, cerca de 50 mil moradores da cidade de Yungay morreram devido a deslizamentos de gelo e lama provocados por um terremoto.

O presidente Alan García visitou na sexta-feira as áreas atingidas e prometeu mantimentos às vítimas. "Ninguém vai morrer de sede ou fome, isso eu posso garantir", afirmou.

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