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Caixa eletrônico na Ucrânia mostra frase dizendo “desculpe, por razões técnicas, não é possível sacar dinheiro” em virtude do ataque cibernético | SERGEI SUPINSKYAFP
Caixa eletrônico na Ucrânia mostra frase dizendo “desculpe, por razões técnicas, não é possível sacar dinheiro” em virtude do ataque cibernético| Foto: SERGEI SUPINSKYAFP

Um ciberataque de grandes proporções afetou nesta terça-feira (27) computadores em diversos países europeus. 

A Ucrânia foi a principal prejudicada, com dano em agências do governo, no sistema bancário e no metrô. Os painéis do aeroporto de Kiev pararam de funcionar.  

Segundo a empresa russa de antivírus Kaspersky, 60% das empresas e instituições afetadas estão nesse país. 

Houve também incidentes no restante do continente, incluindo bancos russos. Entre as vítimas estão a multinacional francesa de construção Saint-Gobain, as empresas russas de aço, minas e petróleo Evraz e Rosneft e a transportadora dinamarquesa AP Moller-Maersk.  

Especialistas acreditam que a causa foi uma variante de um vírus conhecido como Petya ou Petrwrap, de espécie "ransomware" –um software que bloqueia informações e exige dinheiro para destravá-las. "Ransom" significa "resgate" em inglês. Um pedido de resgate de US$ 300 (R$ 995) teria sido exibido na tela de alguns computadores afetados.  

A ação se parece com aquele ataque de maio que afetou mais de 230 mil computadores em mais de 150 países, incluindo o Brasil, também causada por um "ransomware", conhecido como vírus WannaCry. Naquela ocasião, o sistema de saúde britânico foi parcialmente bloqueado.  

A empresa de segurança Group IB, com sede em Moscou, disse que os hackers se aproveitaram de um código desenvolvido pela NSA (agência nacional de segurança americana) para este ataque.

Ucrânia

Em uma primeira avaliação, o dano do ciberataque desta terça parecia limitado. Apesar de ter havido dificuldades no atendimento bancário a clientes, os bancos ucranianos disseram que não houve maior prejuízo.  

A empresa de eletricidade estatal, Ukrenergo, afirmou que o surprimento de energia não foi comprometido.  

O vice-premiê ucraniano, Pavlo Rozenko, publicou uma imagem em uma rede social mostrando uma tela preta de computador. Ele afirmou que todo o sistema informático da administração estava desconectado.  

O ataque pode ter começado nesse país, quando funcionários da administração abriram os seus e-mails, infectados com aquele vírus.  

A Ucrânia sofreu uma série de outros ciberataques nos últimos anos, incluindo ações contra sua rede elétrica. O governo vinha pedindo o reforço de suas defesas.  

O governo culpou a Rússia no passado por outros ataques. Em 2015, uma ação deixou partes do país sem eletricidade. Os russos negam ter tido qualquer participação.

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