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Investigação

Novo escândalo leva Strauss-Kahn à prisão

Dominique Strauss-Kahn foi absolvido das acusações de abuso sexual em Nova York, mas agora é investigado em caso de prostituição de luxo | Miguel Medina/AFP
Dominique Strauss-Kahn foi absolvido das acusações de abuso sexual em Nova York, mas agora é investigado em caso de prostituição de luxo (Foto: Miguel Medina/AFP)

O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Do­­minique Strauss-Kahn foi de­­tido ontem em Lille (norte da Fran­­ça) para investigações sobre seu envolvimento com redes de prostituição.

Ex-ministro das Finanças da França, Strauss-Kahn chegou a ser cotado como favorito na eleição presidencial francesa de 2012, mas viu sua carreira política desmoronar ao ser preso em maio do ano passado, em Nova York, sob acusação de agressão sexual contra uma camareira do hotel Sofitel.

Strauss-Kahn chegou ontem pela manhã à delegacia de polícia a qual havia sido convocado, em Lille, e imediatamente foi decretada sua detenção. O advogado do ex-diretor do FMI, Fré­­dérique Baulieu, chegou pouco depois para orientar seu cliente durante a investigação que, teoricamente, pode durar até 96 horas. A expectativa, no entanto, é que ela dure 48 horas.

Strauss-Kahn está sendo in­­vestigado sobre as festas libertinas das quais teria participado em Paris e em Washington. Os in­­vestigadores querem saber se as mulheres que participavam das mesmas eram prostitutas.

As testemunhas sobre o caso disseram que várias viagens de mulheres foram organizadas e financiadas por dois empresários do norte da França, Fabrice Paszkowski, diretor de uma em­­presa de equipamentos médicos, e David Roquet, ex-diretor de uma filial do grupo de obras pú­­blicas Eiffage.

A última dessas viagens aconteceu de 11 a 13 de maio na capital dos Estados Unidos, às vésperas da prisão de Strauss-Kahn no caso do hotel Sofitel de Nova Iorque. Na época, o então diretor do Fundo Monetário Interna­­cional (FMI) foi acusado por uma funcionária do hotel, Nafissatou Diallo, de agressão sexual.

As acusações na Justiça norte-americana caíram, mas Strauss-Kahn ainda terá de enfrentar uma ação civil nos Estados Uni­­dos.

O escândalo gerou uma série de revelações sobre sua vida privada, convertendo-o para alguns em um ogro "sexual" e para ou­­tros em "vítima" de um complô. Strauss-Kahn reconheceu um gosto pela libertinagem, mas ne­­gou ter cometido qualquer ato ilícito ou violento.

O caso de Nova Iorque pôs fim às ambições presidenciais de Strauss-Kahn na França, como um potencial candidato do Par­­tido Socialista, além de ter lhe custado seu cargo no FMI.

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