Roma O presidente italiano, Giorgio Napolitano, adiou para hoje o anúncio de uma decisão para o governo da Itália, após o pedido de demissão do primeiro-ministro Romano Prodi na quarta-feira. "Essa noite (ontem) vou tentar organizar as diferentes propostas e idéias e amanhã (hoje) de manhã vou comunicar a decisão", afirmou, deixando o país no suspense por mais um dia. Esquerdistas esperavam para ontem uma decisão favorável à manutenção de Prodi como premier.
Napolitano encerrou ontem dois dias de consultas com líderes de partidos e parlamentares. Hoje ele esteve com as duas grandes coalizões a de centro-esquerda A União, liderada por Romano Prodi, e a conservadora Casa das Liberdades, de Silvio Berlusconi e com os três ex-presidentes da República, Francesco Cossiga, Oscar Luigi Scalfaro e Carlo Azeglio Ciampi.
Os líderes da União lhe pediram para submeter Prodi "imediatamente" a um voto de confiança no Parlamento, confiando ter apoio suficiente para garantir estabilidade a um novo governo. Já os conservadores foram contra "uma nova formação de um Executivo que já provocou danos demais" ao país.
Se Napolitano decidir que Prodi deve seguir no cargo, pode pedir a ele que vá ao Parlamento com seu atual gabinete para um voto de confiança ou que forme um novo governo. Há ainda a opção de pedir a outra pessoa para formar um novo governo ou convocar eleições a saída menos provável.
Prodi, que venceu em abril as eleições mais apertadas da Itália no pós-guerra, renunciou na quarta-feira após uma constrangedora derrota por dois votos no Senado sobre sua política externa, incluindo o plano de manter os soldados italianos no Afeganistão. Nos últimos dois dias, ele também se reuniu com aliados políticos. Na quinta-feira à noite, obteve apoio de sua coalizão que assinou um plano político de 12 pontos um deles dá ao premier a última palavra no caso de desacordos no bloco.
Como sua coalizão de centro-esquerda tem maioria apertada no Senado, Prodi buscava atrair políticos moderados de centro-direita e alguns dos sete senadores vitalícios. "Estou procurando mais votos. Pretendo lutar, mas preciso ter força", disse a aliados, segundo o jornal esquerdista La Repubblica.
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