No primeiro pronunciamento desde a formação de um governo de união nacional com a oposição, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (11) que “cada membro do Hamas é um homem morto”.
“Deixamos de lado todas as outras considerações para os cidadãos de Israel”, disse o premiê no quinto dia de guerra, em uma mensagem conjunta com o líder da oposição e ex-ministro da Defesa, Benny Gantz, e o atual ministro da Defesa, Yoav Gallant. “Estamos enfrentando um inimigo cruel, pior que o Estado Islâmico.”
O governo de unidade nacional não promoverá políticas ou leis que não estejam relacionadas aos combates contra o grupo terrorista Hamas em Gaza e funcionará apenas enquanto durar o conflito.
“Destruiremos e mataremos completamente o Hamas, o Estado Islâmico de Gaza. Eles desaparecerão da Terra, não existirão mais, não aceitaremos que crianças e bebês israelenses sejam mortos e tudo continue como sempre”, declarou Gallant, que garantiu que as áreas israelenses ao redor da Faixa de Gaza estão protegidas e que as tropas do país estão agora “concentradas na ofensiva”.
Por sua vez, Gantz afirmou que “o Estado de Israel está enfrentando um de seus momentos mais difíceis”, com suas “famílias sendo mortas e sequestradas por um inimigo impiedoso que deve ser eliminado”.
“O fato de estarmos aqui unidos, lado a lado, é uma mensagem muito clara para o inimigo e, ainda mais importante, é uma mensagem para todos os cidadãos de Israel”, acrescentou. “Há tempos de paz e tempos de guerra. Agora é um tempo de guerra.”
O ex-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI) Gadi Eisenkot e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, servirão no governo de unidade nacional como observadores.
Outro líder da oposição, o ex-premiê (2022) Yair Lapid, terá um lugar no gabinete de gerenciamento de guerra, mas deve se juntar ao governo de emergência posteriormente.
A guerra, que começou no sábado (7) com um sangrento ataque surpresa do Hamas, está agora em seu quinto dia de combates e já deixou mais de 1,2 mil mortos em Israel e 1,1 mil na Faixa de Gaza. (Com Agência EFE)