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O governo de unidade nacional dirigido por Lucas Papademos obteve nesta quarta-feira (16) o voto de confiança do Parlamento, apurou a AFP.

"Dos 293 deputados presentes, 255 votaram a favor do novo governo e 38 contra. Houve sete ausentes", disse Filipos Petsalnikos em referência à moção de confiança ao Governo de coalizão, que foi designado na semana passada sob a pressão dos credores da Grécia, um país da Eurozona à beira da quebra.

Papademos dirige um governo formado pelo Partido Socialista (PASOK) do antigo primeiro-ministro, Georges Papandreu, pelo partido conservador (Nova Democracia) e pela extrema direita (Laos), designado na sexta-feira passada sob a pressão dos credores da Grécia.

O voto de confiança ao primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), foi uma simples formalidade em virtude da confortável maioria do novo Executivo.

Na segunda-feira, no primeiro discurso na Câmara, Papademos defendeu a unidade, assegurando que a Grécia pode ser salva, mas que ele não pode fazer isto sozinho.

Papademos deve agora se reunir com o diretor do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, para iniciar oficialmente as negociações para um desconto de 50% da dívida em mãos privadas, o que contribuirá para reduzir a dívida pública do país para 120% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, contra os mais de 160% atuais.

A Grécia espera agora o desbloqueio de um lote de 8 bilhões de euros, último filão dos 110 bilhões de euros concedidos em maio passado, dos quais o país é dependente para evitar a quebra.

Segundo o ministro de Fianças, Evangelos Venizelos, a Eurozona deve desbloquear o dinheiro a partir de quinta-feira.

O primeiro-ministro se reunirá com os responsáveis da Comissão na segunda-feira em Bruxelas.

"Ajudaremos a nós mesmos e a toda Eurozona ao fazermos o que temos que fazer", disse Venizelos na terça-feira ao Parlamento.

Venizelos apresentará na sexta-feira ao Parlamento o projeto de orçamento para 2012 do país, que deve garantir o compromisso da Grécia em respeitar as regras de saneamento impostas pelos credores. Na mesma data, devem ser anunciadas as numerosas medidas de austeridade já votadas, com o desemprego técnico de milhares de empregados do setor público.

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