O rei da Jordânia, Abdullah, aliado dos Estados Unidos, empossou nesta segunda-feira um novo governo que tem como meta a reforma e a aceleração rumo à liberalização política, em resposta às pressões internas por mudanças, depois de protestos inspirados pelas manifestações populares do mundo árabe.
O premiê Awn Khasawneh, ex-jurista do Tribunal Penal Internacional, em Haia, foi nomeado na semana passada para substituir o ex-general conservador Marouf al-Bakhit, amplamente criticado por sua incapacidade de enfrentar a crise doméstica.
O ex-executivo do banco central Umayya Toukan foi nomeado ministro das Finanças - uma medida que, segundo autoridades, tem como objetivo tranquilizar as preocupações dos investidores com o crescente gasto público que ameaça a estabilidade fiscal e monetária da Jordânia.
O novo gabinete também inclui políticos moderados, tribais e tecnocratas para ampliar a representatividade nacional.
Abdullah disse a Khasawneh na semana passada que a missão de seu gabinete seria acelerar as reformas que o gabinete anterior demorou para efetuar.
O ex-general Bakhit também provocou atritos com manifestantes jordanianos e a oposição islâmica por conta do policiamento repressivo contra os protestos pacíficos pedindo reformas. Ele foi demitido depois de crescentes críticas sobre seu desempenho por parte dos parlamentares e autoridades influentes.