O novo governo líbio, encarregado de reconstruir e unificar o país até as eleições gerais dentro de sete meses, prestou seu juramento nesta quinta-feira, constataram os jornalistas da AFP.

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Os ministros juraram diante do chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafá Abdul Jalil, de "permanecer fiéis aos objetivos da revolução do 17 de fevereiro" e de "preservar a independência da Líbia, sua segurança e a unidade de seu território".

Alguns ministros, entre eles o da Defesa e do Petróleo, estavam ausentes e devem fazer o juramento nos próximos dias, afirmou o primeiro-ministro Abdel Rahim al-Kib.

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"É um momento de grande felicidade, todo mundo está em êxtase. Tivemos uma reunião muito excitante, muito produtiva", disse à imprensa.

A composição do novo governo foi anunciada na terça-feira, mas foi rapidamente criticada, principalmente pelos Amazighs e em Benghazi, berço da insurreição que levou a queda de Muamar Kadafi. Os críticos afirmam que o leste do país não está bem representado.

"Digo para todos os meus irmãos na Líbia: estou a serviço de vocês e vou representá-los no governo", reagiu al-Kib.

"Quanto aos irmãos amazigh, eles são uma parte muito, muito, muito importante da nossa sociedade e o sangue amazigh corre em nossas veias", acrescentou.

Ele prometeu às outras regiões que não tiveram representantes no Governo que cada um terá sua parte.

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"Haverá muitos empregos, os restos do (antigo) regime (presentes) em organismos e instituições do Estado serão limpos e colocaremos no lugar homens e mulheres de todas as partes da Líbia ", disse, prometendo representar "todo mundo" e " compartilhar a riqueza com todos".

Por outro lado, o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio informou ao Tribunal Penal Internacional (CPI) que a Líbia deseja e está em condições de julgar Saif Al Islam, filho do falecido líder Muamar Kadafi, em uma carta cuja cópia foi enviada à AFP.

"O CNT afirma que o sistema judicial líbio tem, mais do que ninguém, a responsabilidade de julgar Sail Al Islam e que o Estado líbio tem a vontade e é capaz de julgá-lo", escreveu Abdul Jalil,em carta dirigida ao juiz Sanji Mmasenono Monageng, presidente da sala preliminar I do TPI.

Abdul Jalil, que assegurou que o CNT continuará trabalhando estreitamente com o TPI, também afirmou que o Conselho Nacional de Transição está investigando os supostos crimes cometidos por Saif Al Islam.

Na véspera, as autoridades líbias afirmaram que querem que o TPI continue com sua investigação sobre Saif al Islam Kadhafi, segundo afirmou o procurador-geral do tribunal, Luis Moreno Ocampo.

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O filho do ex-líder líbio foi capturado na semana passada no sul da Líbia e é alvo de uma ordem de prisão do TPI por crimes contra a humanidade, mas Trípoli afirmou que quer julgá-lo em seu território.

Al-Islam Kadhafi, o último filho foragido do falecido ex-líder da Líbia, e procurado pelo TPI por supostos crimes contra a Humanidade, foi detido no dia 19.

Saif al-Islam foi apresentado durante muito tempo como o provável sucessor de Muamar Kadhafi.

Segundo chefes militares do CNT, há um mês Saif al-Islam ficou ferido no bombardeio contra seu comboio quando deixava Bani Walid (170 km a sudeste de Trípoli) na queda desse bastião kadafista em meados de outubro.

Desde 27 de junho, Saif al-Islam, de 39 anos, era alvo de uma ordem de captura do TPI por suspeitas de crimes contra a Humanidade. Ele é acusado de ter tido "um papel-chave para executar um plano" concebido por seu pai para "reprimir por todos os meios" o levante popular.

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