Um novo grupo militante reivindicou a responsabilidade por dois ataques a bomba no Cairo na sexta-feira que tinha como alvo a polícia egípcia, e prometeu realizar mais ataques, elevando o risco de uma onda de violência contra as forças de segurança.
O grupo - denominado Ajnad Misr, ou Soldados do Egito - disse, por meio de um comunicado postado em uma página do Facebook em nome da facção, ter realizado o ataque que feriu seis pessoas.
O comunicado foi reproduzido por um website usado por grupos militantes e pelo órgão de inteligência SITE, que monitora tais páginas.
Tiroteios e ataques a bomba contra forças de segurança se tornaram frequentes no país desde julho, quando o Exército depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, após grandes protestos contra o seu governo.
O Estado classificou a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista, mas ela diz estar comprometida com o ativismo pacífico.
O Ajnad Misr surgiu no mês passado, reivindicando a autoria de seis ataques no fim de janeiro, de acordo com o SITE. "(As forças de segurança) não estão a salvo da retaliação contra elas", disse o grupo no comunicado.
Muitos dos ataques foram reivindicados pelo Ansar Bayt al-Maqdis, um grupo com sede no Sinai do Norte, que transferiu sua atenção de Israel para o governo egípcio depois da queda de Mursi.
As autoridades, apoiadas pelo Exército, reprimem os simpatizantes de Mursi desde a sua queda. Centenas de partidários do ex-presidente foram mortos durante protestos nas semanas posteriores à troca. Milhares de pessoas foram presas.
Centenas de membros das forças de segurança foram mortos desde então em bombardeios e tiroteios.