Washington (EFE) – Uma equipe de cientistas da Universidade de Harvard anunciou ontem um avanço na pesquisa com células-tronco que pode resolver o problema das objeções éticas e religiosas ao estudo das células obtidas de embriões humanos. Os cientistas fundiram células-tronco de embriões com células do tecido da pele de humanos adultos, que assim foram "reprogramadas em sua condição para embriões", disse Kevin Eggan, um dos pesquisadores no Instituto de Células-Tronco da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts.

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"É só um primeiro passo", acrescentou Eggan em entrevista coletiva por telefone. "Devo enfatizar que (a nova técnica) não está pronta para uso habitual, e também não substitui as técnicas para a obtenção de células-tronco de embriões", acrescentou.

Os experimentos "mostram que as células-tronco de embriões humanos têm a capacidade de reprogramar os cromossomos de células somáticas de adultos depois da fusão", segundo a pesquisa, que será publicada quinta-feira na revista Science.

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A equipe de Eggan, liderada per Chad Cowan, diz em seu artigo da revista Science que o método, "eventualmente, poderia levar a uma rota alternativa para a criação de linhagens de células-tronco feitas, geneticamente, sob medida, para uso no estudo e no tratamento de doenças humanas".

Eggan disse que a meta é criar células-tronco portadoras dos genes de apenas um paciente. As células criadas nos experimentos teriam muito DNA, tanto da célula-tronco como da célula-tronco do embrião usado no processo.

Os cientistas reconheceram que restam barreiras técnicas consideráveis antes da medicina poder usar as células-tronco, mesmo as de embriões, para propósitos terapêuticos. Por outro lado, destacaram que as novas descobertas são socialmente mais viáveis.

As células-tronco, encontradas principalmente na medula, têm a capacidade de se desenvolver como células de qualquer tipo de tecido. Os cientistas acreditam que as células-tronco poderiam ser usadas para o tratamento de doenças como o mal de Parkinson.

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