O novo primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, declarou ontem que a prioridade número um de seu governo é reconstruir o país devastado pelo terremoto e tsunami de 11 de março, assim como resolver o acidente nuclear de Fukushima.
"Assim como para o governo anterior, a reconstrução depois do desastre continua sendo a principal prioridade de minha equipe", explicou Noda horas após apresentar o seu governo. "Sem (uma) solução para a crise de Fukushima, o renascimento do Japão é impossível", acrescentou.
Yoshihiko Noda informou que, de seu ponto de vista, é difícil construir novos reatores nucleares no Japão após o acidente de Fukushima, mas é favorável à reativação das unidades paradas tão logo a segurança seja garantida. "Existiam 14 reatores projetados, mas penso que é difícil construí-los", indicou.
Noda anunciou a composição de seu governo, que terá a missão de prosseguir com a reconstrução do país após o tsunami de 11 de março passado. O governo, o sexto do Japão em cinco anos, tem nas Finanças e nas Relações Exteriores dois legisladores com menos de 50 anos, considerados jovens na política japonesa para ocupar estes cargos.
Noda entregou a pasta das Finanças a Jun Azumi, 49 anos, um parlamentar originário da prefeitura de Miyagi, devastada pelo tsunami. Azumi sucede nas Finanças o próprio Noda, defensor do rigor orçamentário e de uma reforma fiscal destinada a financiar a reconstrução do país e reduzir o peso da dívida, que já supera 200% do PIB.
Koichiro Gemba, 47 anos, foi chamado para dirigir a diplomacia japonesa, testada no final do ano passado pelas questões territoriais com China e Rússia. Gemba foi ministro de Estratégia Nacional no gabinete anterior. A pasta da Defesa ficou com Yasuo Ichikawa, um senador de 69 anos, e o ministério da Economia, Comércio e Indústria coube a Yoshio Hachiro, 63 anos.