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Chicago - Enquanto a maioria dos países decide questões sociais importantes através de referendos, nos Estados Unidos esse papel é desempenhado pela Suprema Corte. Políticas públicas de grandes conseqüências – como aborto e casamento gay – são decididas pelo voto dos nove juízes que compõem esse tribunal. Como pela Constituição os cargos são indicação do presidente, não raro o eleitor considera relevante as possíveis escolhas dos candidatos para a Corte na hora de votar.

Nos seus dois mandatos, George W. Bush nomeou dois juízes, John Roberts e Samuel Alito, ambos conservadores. Atualmente, é uma Corte bastante dividida. Dos nove atuais membros, quatro tendem a ser mais progressistas e quatro mais conservadores. O voto de minerva cabe ao juíz Anthony Kennedy – que é considerado um conservador moderado.

Há boas chances de que o homem eleito presidente hoje indique pelo menos um juiz durante seu mandato. No último século, apenas Jimmy Carter e Franklin Roosevelt passaram um mandato inteiro sem mexer na composição da Suprema Corte.

Dos nove membros atuais, apenas um, John Paul Stevens, progressista, passou dos 80 anos – tem 88. Após ele, a juíza Ruth Bader Ginsburg, de 75, também progressista, é a mais velha. Portanto, se a ordem de idade for mantida, uma vitória de Obama é considerada importante para manter o equilíbrio de pensamento dentro da Corte.

Oportunidade

Caso McCain vença, no entanto, ele terá a chance de estabelecer um predomínio conservador de pelo menos uma geração na Suprema Corte do país – colocando em cheque inclusive a decisão que determinou o direito de aborto em 1973, no famoso caso Roe vs. Wade. Muitos conservadores ainda pedem a revisão desta decisão.

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