Hassan Rouhani, o novo presidente iraniano, em seu escritório em Tehran, no Irã| Foto: EFE

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, selecionou um gabinete de tecnocratas experientes ao prestar o juramento neste domingo, afirmando que espera que a construção de confiança mútua com potências estrangeiras ajude a resolver a disputa nuclear e alivie sanções internacionais.

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Desde sua vitória eleitoral por ampla margem contra rivais conservadores em junho, muitos dentro e fora do Irã colocaram suas esperanças por uma solução diplomática à disputa sobre o programa de Teerã em Rouhani, um clérigo cuja palavra-chave é moderação, mas que ainda assim é uma autoridade da República Islâmica.

"O único caminho para interação com o Irã é diálogo em condição de igualdade, construção de confiança e respeito mútuo, além de menor antagonismo e agressão", disse Rouhani em discurso após prestar juramento no parlamento.

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"Se você quer a reação correta, não fale com o Irã na língua de sanções, fale na língua de respeito."

Sinalizando seu desejo de começar a trabalhar rapidamente, Rouhani imediatamente apresentou sua lista de indicados ao gabinete ao presidente do parlamento, embora ele ainda tenha duas semanas para fazê-lo.

Rouhani escolheu o ex-embaixador do Irã para as Nações Unidas, Mohammad Javad Zarif, como ministro das Relações Exteriores. Zarif é um diplomata respeitado, bem conhecido por autoridades de alto escalão dos EUA incluindo o vice-presidente, Joe Biden, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel.

Enviados ocidentais que conhecem Zarif expressaram esperanças de que sua indicação pode ser um sinal do interesse de Rouhani em romper o impasse entre o Irã e os EUA.

Rouhani escolheu Bijan Zanganeh para retornar ao posto de ministro do Petróleo, que ele ocupou entre 1997 e 2005. Embora ele tenha trabalhado sob o governo reformista do ex-presidente Mohammad Khatami, Zanganeh é um tecnocrata apartidário que, segundo ampla percepção, conta com a proteção do líder supremo aiatolá Ali Khamenei.

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Ali Tayyeb-Nia, a escolha de Rouhani para liderar o ministério da Economia, ocupou posições governamentais durante as presidências do reformista Khatami, do centrista Akbar Hashemi Rafsanjani e do conservador Mahmoud Ahmadinejad.