O novo rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdul-Aziz al-Saud, 79, disse ontem que manterá a abordagem feita por seu meio-irmão, Abdullah, e colocou seu sobrinho Mohammed bin Nayef, 55, como primeiro na linha sucessória.
Salman foi coroado horas após o da morte de Abdullah, 90, que regia o país desde 2005 e enfrentava complicações provocadas por uma pneumanúncio onia. Neste período, o novo monarca e então príncipe herdeiro controlava o reino.
Como sinal de continuidade, substituiu apenas o ministro da Defesa, cargo que ocupava antes de ser entronizado.
O titular da pasta passa ser seu filho, o príncipe Mohammed bin Salman, que também acumula o cargo de chefe da Corte Real.
"Nós continuaremos, com o apoio de Alá, a manter o caminho reto que este país vem traçando desde a coroação do antecessor rei Abdulaziz", disse o novo rei, em referência ao meio-irmão.
A principal mudança feita por Salman foi na linha sucessória. O primeiro passa a ser o seu sobrinho Mohammed bin Nayef, atual ministro do Interior e filho do príncipe Nayef bin Abdelaziz, que morreu em 2012.
Inicialmente, seu sucessor natural seria seu irmão, Moqren bin Abdul, 69. Com isso, Salman abre caminho para a nova geração de sauditas, a terceira desde a decretação do reino saudita, em 1927.
Durante seu discurso, Salman ainda fez uma referência à expansão da milícia radical Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
"As nações árabes e islâmicas estão com uma terrível necessidade de solidariedade e coesão", disse.
Durante o reinado de Abdullah, o país aprofundou sua relação com os Estados Unidos e deu apoio aos rebeldes sírios contra o regime do ditador Bashar Assad, assim como aos militares que derrubaram o presidente do Egito, Mohammed Mursi.
O antigo monarca foi enterrado ontem.